segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Dízimo e Bíblia


dizimoEm decorrência de alguns escândalos motivados pela chamada Teologia da Prosperidade, certas igrejas têm sido criticadas pela forma como levantam dízimos e ofertas denominadas sacrifícios em que maioria dos membros tem sido espoliada de bens de uso próprio como casa, automóvel, pequenas quantias reservadas em caderneta de poupança para uma emergência da família. Opostamente, têm se levantado uma onda de líderes religiosos que resolveram combater a contribuição do dízimo, partindo da alegação de que o dízimo era parte do Antigo Concerto e, que, dentro do Novo Concerto, não há exigência desse tipo de contribuição. Infelizmente, certa pessoa do nosso relacionamento recebeu uma apostila com dois títulos ou duas apostilas sobre o mesmo assunto. A primeira página tem como título “TUDO SOBRE O DÍZIMO”. A partir da segunda página em diante outro título “DIZIMAR NÃO É UMA DOUTRINA CRISTÔ que passamos a comentar:

TUDO SOBRE O DÍZIMO E/ou DIZIMAR NÃO É UMA DOUTRINA CRISTÃ
A escritora da citada apostila põe-nos a par que, quando era seminarista, tinha um professor por nome Valdomiro e este lhe ensinou a não usar o Antigo Testamento, e, quando citá-lo, só o fazer para ilustração, considerando que hoje o cristão vive na Dispensação da Graça. Em seguida, diz a autora que estudou com outro pastor por nome Pimentel e que era mestre em apologética. Trabalhou com ele três anos naquele instituto e que aprendeu mais do que aprendeu da Bíblia no Seminário.
Partindo dessas informações preliminares ela desanda em críticas aos pastores e radicaliza: “Infelizmente, a maioria dos pastores hoje em dia se apega fervorosamente ao Velho Testamento, por dois motivos: Primeiro, porque esses pastores medíocres podem usar e abusar das histórias antigas, fantasiando os seus enredos, a seu bel prazer. Segundo, porque podem impor muitas leis do VT aos pobres membros de suas igrejas, para os escravizar, como por exemplo, usando Malaquias para extorquir o dízimo dos que não conhecem bem a Palavra de Deus.” (o grifo é nosso). Repete mais adiante que certo pastor malaquiano sabendo que ela era contra o dizimo e que se achava sentada na terceira fila de cadeiras da igreja, afirmou publicamente, depois de ter lido Ml 3.8-10, “Meus irmãos, o diabo odeia esses versículos de Malaquias e ele está aqui presente, podem crer…”.
A escritora refere-se, a seguir, aos demais presentes para quem esse pastor pregava e os qualifica como “os pobres analfabetos bíblicos”.
Nota-se, nessas palavras introdutórias, uma manifestação de soberba ao se referir aos demais pastores como “pastores medíocres” e aos seus ouvintes como “os pobres analfabetos bíblicos”. Até parece que ela nunca leu qual foi a profissão dos primeiros apóstolos de Jesus. Eram pescadores. (Mateus 4:18) – “E Jesus, andando junto ao mar da Galiléia, viu a dois irmãos, Simão, chamado Pedro, e André, os quais lançavam as redes ao mar, porque eram pescadores; (Mateus 4:19) – E disse-lhes: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens. (Mateus 4:20) – Então eles, deixando logo as redes, seguiram-no. (Mateus 4:21) – E, adiantando-se dali, viu outros dois irmãos, Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, num barco com seu pai, Zebedeu, consertando as redes; (Mateus 4:22) – E chamou-os; eles, deixando imediatamente o barco e seu pai, seguiram-no.”
MALAQUIAS 3.10
“Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim nisto, diz o SENHOR dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal até que não haja lugar suficiente para a recolherdes.”
Será que contribuir com o dízimo é “extorquir os crentes” porque “são ignorantes da Palavra de Deus”? Essa opositora não devia usar de termos tão grosseiros para se referir aos que contribuem com o dízimo mesmo sem usar o texto em tela: Deus admitindo que o seu povo fosse extorquido ao pagar o dízimo. É difícil entender alguém escarnecer de outros chamando-os de “analfabetos bíblicos”, chegando ao ponto de proferir tamanha insensatez.
Se ela usasse, por exemplo, o texto de (II Pedro 2:3) – “E por avareza farão de vós negócio com palavras fingidas; sobre os quais já de largo tempo não será tardia a sentença, e a sua perdição não dormita” mencionando, por exemplo, expedientes escusos como Campanha da Fogueira Santa de Israel, Campanha da Fogueira Santa do Monte Sinai, aí sim estariam tais líderes abusando de interpretações descabidas por causa de sua avareza, fazendo dos crentes “negócio com palavras fingidas”. Mas referir-se ao dízimo como meio de extorquir, espoliar os crentes devido ao seu analfabetismo, é uma acusação sem base bíblica por parte de alguém que se julga uma exegeta da Bíblia, mas que revela, na verdade, pouco entendimento quando se manifesta sobre a Bíblia. Francamente! Deplorável! Seria melhor que ficasse com a boca fechada.
ACHINCALHE AOS PASTORES PENTECOSTAIS
A opositora ao dízimo não se cansa de depreciar os pastores pentecostais e afirma:
“Tenham cuidado com os pastores que usam e abusam do Velho Testamento. Eles não são sérios. Quando não são embromadores de primeira, fantasiando as histórias do Velho Testamento para preencher o tempo e engabelar os crentes, são uns irresponsáveis e abusivos extorquidores dos membros de suas igrejas.”
A forma grosseira como essa opositora se coloca contra os líderes das igrejas pentecostais, generalizando e não separando o joio do trigo, com colocações pejorativas, revela falta de “temperança” ou “domínio próprio”. Pelo menos deveria demonstrar possuir o fruto do Espírito (Gálatas 5:22) – “Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança.” Pode-se denunciar erros sem usar de deboche, linguagem chula e humilhante. Lamentável tal atitude intempestiva, desqualifica alguém que queira se identificar como cristão.
SEGUIDORA DE PAULO
Depois se diz seguidora dos ensinamentos do apóstolo Paulo. Mas, bem que poderíamos incluir Paulo nessas invectivas do seu ódio avassalador contra os que pregam o dízimo como contribuição dentro da Dispensação da Graça, no NT. E por quê? Porque embora procure afirmar que Paulo era um obreiro que jamais se valia da ajuda financeira das igrejas, em toda a apostila escrita com 15 páginas, não citou uma vez sequer o que Paulo escreveu à Igreja de Corinto, no capítulo 11 e versículos 7-9 onde ele escreve:
“Pequei, porventura, humilhando-me a mim mesmo, para que vós fôsseis exaltados, porque de graça vos anunciei o evangelho de Deus? (II Coríntios 11:8) – Outras igrejas despojei eu para vos servir, recebendo delas salário; e quando estava presente convosco, e tinha necessidade, a ninguém fui pesado. (II Coríntios 11:9) – Porque os irmãos que vieram da Macedônia supriram a minha necessidade; e em tudo me guardei de vos ser pesado, e ainda me guardarei.”
Não estaria Paulo se guardando de pessoas como a escritora da apostila que desanda em usar palavras injuriosas e detratoras contra todos os pastores pentecostais? E se fôssemos citar a TNM nos textos de 2 Coríntios 11.7-9 teríamos que chamar Paulo de ladrão porque diz a referida tradução, que não endossamos, mas a citamos apenas como exemplo de pessoas que ofendem os demais que não se ajustam ao seu modo de interpretar a Bíblia:
“Ou cometi algum pecado por me humilhar, para que vós fôsseis enaltecidos, porque de bom gado, sem custo, vos declarei as boas novas de Deus? A outras congregações roubei, por aceitar provisões, a fim de ministrar a vós, contudo, quando estive presente entre vós e padeci necessidade, não me tornei fardo nem mesmo para um único, pois os irmãos da Macedônia supriram abundantemente a minha deficiência. Sim, guardei-me de todos os modos para não me tornar oneroso para vós, e guardar-me-ei assim.”
Suas razões antidizimistas são as seguintes e as enumera como passamos a expor:
AS RAZÕES CONTRA O DÍZIMO
“Ponto 1: Os princípios de dar no Novo Testamento, na 2 Coríntios 8,9, são superiores ao dizimar.”
“O falso ensino é que dizimar é uma exigência obrigatória, a qual sempre precede o dar voluntariamente. O dar voluntariamente precedia o dizimar.”
Resposta Apologética: Plenamente de acordo. Os requisitos para contribuir com o dízimo no Novo Testamento se encontram em (II Corintios 9:7) – “Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria.” E (I Corintios 16:2) –“No primeiro dia da semana cada um de vós ponha de parte o que puder ajuntar, conforme a sua prosperidade, para que não se façam as coletas quando eu chegar.”
TRÊS REQUISITOS PARA A CONTRIBUIÇÃO DO DÍZIMO
Para nós são três os requisitos que regem a contribuição do dízimo no Novo Testamento
1) TEM QUE SER VOLUNTÁRIA: “segundo propôs no seu coração” (II Corintios 9:7) – “Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria.” Todos os dizimistas devem saber que sua contribuição deve ser feita voluntária e livremente, sem qualquer pressão obrigatória. Daí porque não seria correto chamar de ladrão (Ml 3.8) aquele que não paga o dízimo. Dois exemplos:
a) o dízimo de Jacó: Quem ordenou a Jacó, na visão de Betel, a dar o dízimo? Ninguém. Não havia preceito recomendando essa prática.
(Gênesis 28:20) – “ E Jacó fez um voto, dizendo: Se Deus for comigo, e me guardar nesta viagem que faço, e me der pão para comer, e vestes para vestir; (Gênesis 28:21) – E eu em paz tornar à casa de meu pai, o SENHOR me será por Deus; (Gênesis 28:22) – E esta pedra que tenho posto por coluna será casa de Deus; e de tudo quanto me deres, certamente te darei o dízimo”
Será que quem redigiu essa apostila cheia de impropérios tem recebido em sua vida as quatro bênçãos de Deus que Jacó pediu para fazer o seu voto espontâneo? Tem ela sido guardada por Deus? Tem ela tido pão para comer? Tem ela vestes para vestir? Tem ela recebido paz de Deus? Não haveria uma razão plausível para ser mais grata a Deus e deixar de arranjar argumentos inconseqüentes procurando bloquear os que dão o seu dízimo?
b) o dízimo de Abraão: Será que se esqueceu do que fez Abraão como, também, espontaneamente, deu os dízimos dos despojos quando se encontrou com Melquisedeque? (Gênesis 14:18) – “E Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho; e era este sacerdote do Deus Altíssimo. (Gênesis 14:19) – E abençoou-o, e disse: Bendito seja Abrão pelo Deus Altíssimo, o Possuidor dos céus e da terra; (Gênesis 14:20) – E bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou os teus inimigos nas tuas mãos. E Abrão deu-lhe o dízimo de tudo.”
2) TEM QUE SER METÓDICA: “No primeiro dia da semana “No primeiro dia da semana cada um de vós ponha de parte o que puder ajuntar, conforme a sua prosperidade, para que não se façam as coletas quando eu chegar”. A primeira parte do texto citado indica: (I Corintios 16:2) – “No primeiro dia da semana”. Quantos crentes que um tempo atrás foram dizimistas fiéis mas depois que se embebedaram dos argumentos dos opositores do dízimo já não sabem como contribuir. Suas contribuições se restringem a enganar a si mesmos tirando um trocado do bolso e dando uma oferta de fome. São mesquinhos, avarentos. Desfrutam do bem estar na casa de Deus assentando-se em bancos comprados com o dinheiro dos dizimistas, usufruindo de água, luz, sem nada contribuir efetivamente porque foram contaminados pelo vírus dos antidizimistas. Praticamente são anarquistas espirituais, querendo demonstrar uma obediência à Bíblia porque se sentem livres da contribuição sob alegação de que o dízimo era restrito à Lei de Moisés.
3) TEM DE SER PROPORCIONAL AOS RENDIMENTOS:
“conforme a sua prosperidade”(I Corintios 16:2) – “No primeiro dia da semana cada um de vós ponha de parte o que puder ajuntar, conforme a sua prosperidade, para que não se façam as coletas quando eu chegar.” Repetindo, “ conforme a sua prosperidade”. Qual o “X” dessa porcentagem? Deve ser igual ou superior a 10%.
Então os três princípios que regem uma contribuição dentro da Dispensação da Graça, no Novo Testamento. Assim, O DÍZIMO:
É contribuição voluntária: “Cada um contribua segundo propôs no seu coração” (2 Co 9.7);
É contribuição metódica: “No primeiro dia da semana” (1 Co 16.2);
É contribuição proporcional: “conforme a sua prosperidade” (1 Co 16.2).
(O Dízimo, p. 19-27, Gráfica Nova Santos Ltda.)
“Ponto 2 – Na palavra de Deus o dízimo é sempre em alimento.”
“O falso ensino é que os dízimos bíblicos incluem todas as fontes de renda.”
Resposta Apologética: Afinal, como expor argumentos contra o dízimo recorrendo à Lei de Moisés, dizendo que a Lei de Moisés ensina que o dízimo é sempre em alimento? Porventura até agora apelamos para Malaquias 3.10 ou fizemos alguma citação da Lei para justificar a contribuição do dízimo? Pergunto a pessoa que escreveu essa apostila contra o dízimo: Sabe porventura quantos mandamentos continha a Lei de Moisés? A Lei de Moisés continha 613 mandamentos que fazem parte do Pentateuco.
Pode haver maior contradição do que condenar a contribuição do dízimo alegando que fazia parte do Antigo Concerto e, ao mesmo tempo, recorrer às exigências da Lei de Moisés sobre o dízimo? Se a Lei de Moisés terminou na cruz como recorrer a ela para ser contra o dízimo alegando que o dízimo da lei era feito em alimentos? Nós dizemos: (Romanos 10:4) – “Porque o fim da lei é Cristo para justiça de todo aquele que crê.” Interessante! Elabora-se uma apostila contra o dízimo argumentando-se contra o dízimo porque este fazia parte da Lei de Moisés, composta pelo Pentateuco com 613 mandamentos e paradoxalmente, recorre-se à lei para provar certas particularidades com relação ao dízimo que não deviam jamais ser invocadas dado que reconhecem que a lei foi abolida na cruz. Se foi abolida na cruz, e com isso concordamos, então coerentemente não podemos invocar mandamentos desse Antigo Concerto para se opor ao dízimo.
“Ponto 3 – O dízimo de Abraão a Melquisedeque se embasou numa tradição pagã.”
“O falso ensino é que Abraão deu voluntariamente o dízimo porque foi a vontade de Deus.”
Resposta Apologética: Deplorável o argumento contra o dízimo de Abraão baseado no argumento de que se tratava de ma tradição pagã. Então tudo o que consta da Bíblia que se pode alegar tenha origem pagã, deve ser descartado? Se a absurda acusação contra o dizimo de Abraão fosse válida, porque supostamente, ele se valeu de uma tradição pagã, teríamos que rejeitar o relato bíblico sobre o dilúvio? Quantas tradições pagãs existiam sobre o dilúvio? Para nós vale o que está escrito em Gênesis capítulos 6 a 8 sobre o dilúvio. Do contrário teríamos que rejeitar os relatos bíblicos sobre o profeta Jonas ser engolido por uma baleia e por aí afora. Admiro-me muito desse recurso “furado”.
Se Abraão não deu o dízimo voluntariamente, em que ele se baseou para dar o dízimo? Será mesmo que ele estava seguindo uma tradição pagã? Não seria melhor reconhecer outra razão mais plausível e consentânea com a Bíblia? Não seria um sentimento de gratidão pelo livramento recebido de Deus na batalha que suportou? Isso seria melhor do que recorrer ao argumento tão sem base e a resposta seria mais simples. Qual o sentimento que nos aflora o coração quando recebemos uma bênção de Deus? Não nasce em nós um sentimento de gratidão? Assim ocorreu com Abraão. Volta vitorioso de uma batalha contra um exército muito maior do que o dele e numa atitude de gratidão ofereceu o dízimo de tudo que ganhara do despojo do inimigo e oferece o dízimo a Melquisedeque. Atribuiu a vitória a Deus. (Dt 8.17-18)“Não digas no teu coração: A minha força, e a fortaleza da minha mão me adquiriram estas riquezas. Antes te lembrarás do Senhor teu Deus, porque ele é o que te dá força para adquirires riquezas.” O salmista mais tarde iria levantar uma pergunta: (Salmos 116:12) – “Que darei eu ao SENHOR, por todos os benefícios que me tem feito? (Salmos 116:13) – Tomarei o cálice da salvação, e invocarei o nome do SENHOR. (Salmos 116:14) – Pagarei os meus votos ao SENHOR, agora, na presença de todo o seu povo.”.
Ademais a opositora apresenta uma lista de razões alegando que o dízimo de Abraão não pode ser usado como exemplo para os cristãos dizimarem. Dentre essas razões a de n. 8 declara:
“O dízimo de Abraão não é mencionado em nenhuma parte da Bíblia, a fim de respaldar o ato de dizimar.”
Isso sim é analfabetismo bíblico. A resposta a esta objeção está no NT no livro de Hebreus 7.1-3, mas que a opositora do dízimo se esqueceu de mencionar uma só vez em todas as 15 páginas da sua apostila. E ainda admitiu que algum dos chamados por ela de “pastores analfabetos” pentecostais não saberia consultar a Bíblia para logo localizar o que ela preferiu esconder. Imperdoável essa declaração da autora da apostila. Será que não foi um esquecimento propositado preparar uma apostila contra o dízimo e se esquecer desse pormenor, justamente quando cita outros versículos do capítulo 7 de Hebreus?
(Hebreus 7:1) – “PORQUE este Melquisedeque, que era rei de Salém, sacerdote do Deus Altíssimo, e que saiu ao encontro de Abraão quando ele regressava da matança dos reis, e o abençoou; (Hebreus 7:2) – A quem também Abraão deu o dízimo de tudo, e primeiramente é, por interpretação, rei de justiça, e depois também rei de Salém, que é rei de paz; (Hebreus 7:3) – Sem pai, sem mãe, sem genealogia, não tendo princípio de dias nem fim de vida, mas sendo feito semelhante ao Filho de Deus, permanece sacerdote para sempre.”
Vamos dar algumas razões porque entendemos que o ato voluntário de Abraão de dar o dízimo a Melquisedeque proporciona exemplo para que nós o emitemos:
Primeiro, Abraão deu o dízimo a Melquisede quando ainda não havia mandamento para se contribuir com o dízimo.
(Gálatas 3:17) – “Mas digo isto: Que tendo sido a aliança anteriormente confirmada por Deus em Cristo, a lei, que veio quatrocentos e trinta anos depois, não a invalida, de forma a abolir a promessa. Conseqüentemente, entendemos que o dízimo precedeu à lei.
Segundo, Abraão é tido na Bíblia como o pai dos que são da fé (não da lei). . (Romanos 4:13) – “Porque a promessa de que havia de ser herdeiro do mundo não foi feita pela lei a Abraão, ou à sua posteridade, mas pela justiça da fé. (Romanos 4:14) – Porque, se os que são da lei são herdeiros, logo a fé é vã e a promessa é aniquilada. (Romanos 4:16) – Portanto, é pela fé, para que seja segundo a graça, a fim de que a promessa seja firme a toda a posteridade, não somente à que é da lei, mas também à que é da fé que teve Abraão, o qual é pai de todos nós.” (Gálatas 3:26) – Porque todos sois filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus. (Gálatas 3:27) – Porque todos quantos fostes batizados em Cristo já vos revestistes de Cristo. (Gálatas 3:28) – Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus. (Gálatas 3:29) – E, se sois de Cristo, então sois descendência de Abraão, e herdeiros conforme a promessa.” O que lemos está bem claro sobre Abraão para ninguém se confunda. “Abraão, o qual é pai de todos nós”.
Terceiro, Analisemos agora a figura de Melquisedeque como o tipo de Jesus Cristo. O autor da epístola aos Hebreus esclarece sobre Melquisedeque: (Hebreus 7:1) – “PORQUE este Melquisedeque, que era rei de Salém, sacerdote do Deus Altíssimo, e que saiu ao encontro de Abraão quando ele regressava da matança dos reis, e o abençoou; (Hebreus 7:2) – A quem também Abraão deu o dízimo de tudo, e primeiramente é, por interpretação, rei de justiça, e depois também rei de Salém, que é rei de paz; (Hebreus 7:3) – Sem pai, sem mãe, sem genealogia, não tendo princípio de dias nem fim de vida, mas sendo feito semelhante ao Filho de Deus, permanece sacerdote para sempre. (Hebreus 7:4) – Considerai, pois, quão grande era este, a quem até o patriarca Abraão deu os dízimos dos despojos.”
Quarto, Vejamos o que nos diz (Hebreus 7:8) – E aqui certamente tomam dízimos homens que morrem; ali, porém, aquele de quem se testifica que vive. Conclusão lógica: enquanto existir o sacerdócio de Melquisedeque, através de Cristo (Hebreus 7:17) – “Porque dele assim se testifica: Tu és sacerdote eternamente, Segundo a ordem de Melquisedeque.” Permanecerá o sistema bíblico de contribuição: o dízimo. E mais: Enquanto permanecer a fé viva de Abraão, esta pagará dízimos ao Altíssimo, através da Igreja. PERGUNTEMOS: ENTÃO: PODEMOS OU NÃO PROVAR QUE O DÍZIMO É CONTRIBUIÇÃO CRISTÃ, Á LUZ DO NOVO TESTAMENTO? (O Dízimo, p. 44,45)
Ora, só um antidizimista é que pode alegar que o dízimo de Abraão não serve para “respaldar o ato de dizimar”.
“Ponto 4 – Os Primeiros Dízimos eram recebidos pelos servos dos sacerdotes.”
“O falso ensino é que os sacerdotes do Velho Testamento recebiam todo o primeiro dízimo.”
Resposta Apologética: Inválida a objeção. Se se argumenta que o dízimo era obrigação da Lei de Moisés e que esta lei terminou na cruz (Jo 19.30) como recorrer a preceitos dessa lei para declarar que o dízimo é falso porque os sacerdotes do Velho Testamento recebiam todo o primeiro dízimo. Que nos importa isso se não estamos baseados na lei para darmos espontaneamente o nosso dízimo?
É certo ainda que os sacerdotes é que ministravam no tabernáculo os sacrifícios de sangue e quando o templo foi concluído nos dias de Salomão continuou lá.
Já sob o Novo Concerto tal ministração se tornou desnecessária em decorrência da obra expiatória de Jesus.
(Hebreus 10:19) – “Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar no santuário, pelo sangue de Jesus, (Hebreus 10:20) – Pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou, pelo véu, isto é, pela sua carne, (Hebreus 10:21) – E tendo um grande sacerdote sobre a casa de Deus, (Hebreus 10:22) – Cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé, tendo os corações purificados da má consciência, e o corpo lavado com água limpa.”
Isso qualquer pastor considerado “analfabeto e pentecostal” não ignora. Entretanto, a exímia conhecedora da Bíblia e opositora desconhece.
“Ponto 5 – A frase: “É santo ao Senhor” não torna o dízimo um princípio eterno moral.”
“O falso ensino é que Levítico 27.30-32 prova que o dízimo é um “eterno princípio moral”porque ele é santo do Senhor”.
Resposta Apologética: De novo, o mesmo argumento baseado na Lei de Moisés, quando já afirmamos que não fazemos uso da Lei de Moisés para darmos o dízimo.Repetindo:
A primeira vez que o dízimo é mencionado na Bíblia partiu da voluntariedade de Abraão”(Gn 14.18-20). A segunda vez foi Jacó, neto de Abraão. (Gênesis 28:20-22)
(Gênesis 28:20) – “E Jacó fez um voto, dizendo: Se Deus for comigo, e me guardar nesta viagem que faço, e me der pão para comer, e vestes para vestir; (Gênesis 28:21) – E eu em paz tornar à casa de meu pai, o SENHOR me será por Deus; (Gênesis 28:22) – E esta pedra que tenho posto por coluna será casa de Deus; e de tudo quanto me deres, certamente te darei o dízimo.”
Não havia mandamentos para essa contribuição. Partiu da espontaneidade de ambos. O princípio que rege a contribuição do dízimo está em (I Corintios 16:2) – “No primeiro dia da semana cada um de vós ponha de parte o que puder ajuntar, conforme a sua prosperidade, para que não se façam as coletas quando eu chegar.” e (II Corintios 9:7) – “Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria.”
“Ponto 6 – “Existem na Bíblia quatro tipos diferentes de Dízimos.”
“O falso ensino ignora todos os outros dízimos e focaliza somente a parte do primeiro dízimo religioso.”
Resposta Apologética: Argumento inválido pelas razões já expostas. Não vejo porque a declaração da opositora ao dízimo ao declarar suspeita segundo a qual
“É de admirar que as igrejas estejam tentando omitir isso, quando falam somente de um dízimo religioso, simplesmente porque este se encaixa melhor em seus propósitos, ignorando os outros dois importantes dízimos religiosos.”
Acusações levianas. O que pode interessar às igrejas saber qual a quantidade de dízimos que existiam na lei de Moisés? Qual a igreja que dá o dízimo por exigência da Lei de Moisés? O que realmente a opositora do dízimo procura esconder é que há dois dízimos na Bíblia e ela que se jacta de tanto conhecimento bíblico, ignora:
OS DOIS DÍZIMOS: O DA LEI E O DA GRAÇA
O que é lamentável, na realidade, é ignorar que há dois dízimos essenciais na Bíblia: o Dízimo da Lei e o Dízimo da Graça e isso sim demonstra ignorância bíblica ou suspeita de má fé. Como alguém se propõe combater o dízimo, como contribuição voluntária dentro do NT, e ignore esse pormenor tão importante?
(Hebreus 7:9) – “E, por assim dizer, por meio de Abraão, até Levi, que recebe dízimos, pagou dízimos. (Hebreus 7:10) – Porque ainda ele estava nos lombos de seu pai quando Melquisedeque lhe saiu ao encontro.”
Da leitura dos textos citados entendemos que os levitas pagaram dízimos a Melquisedeque, quando eles, ainda não existindo, se achavam representativamente na pessoa do patriarca Abraão.
(Hebreus 7:9) – “E, por assim dizer, por meio de Abraão, até Levi, que recebe dízimos, pagou dízimos.”
A lei pagando dízimos à Graça! É exatamente isto. Estranho seria se fosse o contrário, pois a livre sempre exerce ascendência sobre a escrava.
(Gálatas 4:22) – “Porque está escrito que Abraão teve dois filhos, um da escrava, e outro da livre. (Gálatas 4:23) – Todavia, o que era da escrava nasceu segundo a carne, mas, o que era da livre, por promessa. (Gálatas 4:24) – O que se entende por alegoria; porque estas são as duas alianças; uma, do monte Sinai, gerando filhos para a servidão, que é Agar. (Gálatas 4:25) – Ora, esta Agar é Sinai, um monte da Arábia, que corresponde à Jerusalém que agora existe, pois é escrava com seus filhos. (Gálatas 4:26) – Mas a Jerusalém que é de cima é livre; a qual é mãe de todos nós. (Gálatas 4:27) – Porque está escrito: Alegra-te, estéril, que não dás à luz; Esforça-te e clama, tu que não estás de parto; Porque os filhos da solitária são mais do que os da que tem marido. (Gálatas 4:28) – Mas nós, irmãos, somos filhos da promessa como Isaque. (Gálatas 4:29) – Mas, como então aquele que era gerado segundo a carne perseguia o que o era segundo o Espírito, assim é também agora. (Gálatas 4:30) – Mas que diz a Escritura? Lança fora a escrava e seu filho, porque de modo algum o filho da escrava herdará com o filho da livre. (Gálatas 4:31) – De maneira que, irmãos, somos filhos, não da escrava, mas da livre.”
A Lei de Moisés passou com os dízimos de Levi. Mas o dízimo cristão neotestamentário, permanece, porque a Dispensação da Graça está em pleno vigor. Assim, o fato de o dízimo ter existido ANTES DA LEI e DEPOIS DA LEI, e na Dispensação da Graça, prova, que o cristão grato a Deus por todos os benefícios dele recebidos está honrando o Senhor com os seus recursos financeiros. (Salmos 103:1) – “BENDIZE, ó minha alma, ao SENHOR, e tudo o que há em mim bendiga o seu santo nome. (Salmos 103:2) – Bendize, ó minha alma, ao SENHOR, e não te esqueças de nenhum de seus benefícios.” (Provérbios 3:9) – “Honra ao SENHOR com os teus bens, e com a primeira parte de todos os teus ganhos; (Provérbios 3:10) – E se encherão os teus celeiros, e transbordarão de vinho os teus lagares.”
“Ponto 7 – Jesus, Pedro Paulo e os pobres não dizimaram.”
“O falso ensino é que todo mundo do Velho Testamento era exigido que trouxesse sua oferta a nível de 10%.”
Resposta Apologética: Porventura desconhece a opositora o que está escrito em Gálatas sobre Jesus ter nascido sob a lei? Lemos:
(Gálatas 4:4) – “Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, (Gálatas 4:5) – Para remir os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos.”
O texto citado mostra que Jesus nasceu debaixo da lei, o que significa que ele viveu debaixo da obediência da lei cumprindo todos os 613 mandamentos da Lei de Moisés e ao ressuscitar dos mortos e se apresentar aos apóstolos declarou, (Lucas 24:44) – “São estas as palavras que vos disse estando ainda convosco: Que convinha que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na lei de Moisés, e nos profetas e nos Salmos. (Lucas 24:45) – Então abriu-lhes o entendimento para compreenderem as Escrituras. Na cruz deu o brado, (João 19:30) – “Está consumado. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito.”
Se Jesus cumpriu integralmente a Lei de Moisés poderia ter ele violado a contribuição do dízimo da Lei quando trabalhou como carpinteiro em Nazaré? Ou quando ainda antes no seu nascimento cumpriu as prescrições da Lei de Moisés?
(Lucas 2:22) – “E, cumprindo-se os dias da purificação dela, segundo a lei de Moisés, o levaram a Jerusalém, para o apresentarem ao Senhor (Lucas 2:23) – (Segundo o que está escrito na lei do Senhor: Todo o macho primogênito será consagrado ao Senhor); (Lucas 2:24) – E para darem a oferta segundo o disposto na lei do SENHOR: Um par de rolas ou dois pombinhos.”
Ensinou em (Mateus 22:21) – “Dai pois a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus.”
Teria Jesus deixado de dar a Deus o que e de Deus? É preciso ter presente que Jesus cumpriu a lei integralmente, porque se declara que a Lei de Moisés não passaria sem que tudo fosse cumprido. Se Jesus cumpriu integralmente a lei, então sua exigibilidade para o cristão não subsiste mais.
Quanto a Paulo e a Pedro viveram dentro dos três princípios de contribuição já expostos sobre O DÍZIMO:
É contribuição voluntária
É contribuição metódica
É contribuição proporcional aos rendimentos
“Ponto 8 – Os dízimos eram muitas vezes usados como impostos políticos.”
“O falso ensino é que os dízimos nunca são comparados aos impostos e taxas.”
Resposta Apologética: Pouco importa para nós serem os dízimos usados como impostos políticos. Nossa contribuição dizimal não está baseada na Lei de Moisés. Estamos firmados na espontaneidade de Abraão (Gn 14.18-20; Hb 7.1-3) e Jacó (Gn 28.20-22).
Concordamos com a declaração segunda a qual “O dízimo da Antiga Aliança era motivado e exigido por lei, não pelo amor.”
O dízimo da Nova Aliança é baseado em três requisitos: É contribuição voluntária; É contribuição metódica; É contribuição proporcional aos rendimentos. (2 Co 9.7; 1 Co 16.2).
Como diz Paulo José F. de Oliveira no seu livro Desmistificando o DIZIMO, página 108, “Se não nos identificamos com a comunidade a que pertencemos, se não assumimos como nossas as suas necessidades, se não aprovamos os obreiros nem o seu modo de vida, se não concordamos sobre como administrar o patrimônio comum, jamais sentiremos alegria, desprendimento, prazer, etc. Podemos dar muitos dízimos, mas nunca estaremos contribuindo ´segundo o espírito do Novo Testamento´.”.”
“Ponto 10 – Malaquias 10 é o texto do qual mais se tem abusado na Bíblia sobre o dízimo.”
“O falso ensino sobre dízimos em Malaquias ignora cinco fatos importantes da Bíblia.”
Resposta Apologética O dízimo da graça não é o dízimo da lei com suas obrigações próprias. Nenhum dos itens apontados tem qualquer relação com o dízimo da graça. É oportuno ter presente o texto citado de Hb 7.18,19 e que é por nós endossado quanto à abolição da Lei de Moisés.
(Hebreus 7:18) – “Porque o precedente mandamento é ab-rogado por causa da sua fraqueza e inutilidade. (Hebreus 7:19) – (Pois a lei nenhuma coisa aperfeiçoou) e desta sorte é introduzida uma melhor esperança, pela qual chegamos a Deus.”
Essa melhor esperança nos veio pela graça trazida por Jesus,
(João 1:17) – “Porque a lei foi dada por Moisés; a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo.” O nosso dízimo é o da graça e não o da lei de Moisés, encerrada na cruz.
(Hebreus 7:5) – “E os que dentre os filhos de Levi recebem o sacerdócio têm ordem, segundo a lei, de tomar o dízimo do povo, isto é, de seus irmãos, ainda que tenham saído dos lombos de Abraão. (Hebreus 7:6) – Mas aquele, cuja genealogia não é contada entre eles, tomou dízimos de Abraão, e abençoou o que tinha as promessas. (Hebreus 7:7) – Ora, sem contradição alguma, o menor é abençoado pelo maior. (Hebreus 7:8) – E aqui certamente tomam dízimos homens que morrem; ali, porém, aquele de quem se testifica que vive.”
Quem é esse que vive eternamente?
(Hebreus 7:21) – “Mas este com juramento por aquele que lhe disse: Jurou o Senhor, e não se arrependerá; Tu és sacerdote eternamente, Segundo a ordem de Melquisedeque), (Hebreus 7:22) – De tanto melhor aliança Jesus foi feito fiador. (Hebreus 7:23) – E, na verdade, aqueles foram feitos sacerdotes em grande número, porque pela morte foram impedidos de permanecer, (Hebreus 7:24) – Mas este, porque permanece eternamente, tem um sacerdócio perpétuo.”
Sendo perpétuo o sacerdócio de Melquisedeque, figura da pessoa de Jesus, então o dízimo deve continuar.
“Ponto 11 – O dízimo não é ensinado no Novo Testamento.”
“O falso ensino é que Jesus ensinou a dizimar, em Mateus 23.23, dizendo que isso está claro no Novo Testamento”.
Resposta Apologética: Francamente! Decepcionante! Se tem validade a argumentação segundo a qual o que Jesus ensinou durante o seu ministério terreno não tem validade para o cristão, só valendo o que ele ensinou depois de ressuscitado, então o que ele ensinou no Sermão do Monte não tem valor para nós? É o argumento da nossa opositora. Ela textualmente afirma:
“A Nova Aliança não teve princípio no nascimento de Jesus, mas na Sua morte. O dízimo não é ensinado na igreja, depois do Calvário. Quando Jesus falou sobre o assunto em Mateus 23.23, Ele estava simplesmente ordenando a obediência às leis da Antiga Aliança, a qual ele endossou e obedeceu até chegar ao Calvário.”
MA Jesus não se limitou a ensinar apenas o que se relacionava à Lei de Moisés. Seu ensino abrangeu além da Lei e ele interpretou a Lei de Moisés mostrando a superioridade do seu ensino sobre o que Moisés escreveu na lei. Vejamos o que Jesus falou no Sermão do Monte superior à lei de Moisés:
A SUPERIORIDADE DOS ENSINOS DE JESUS SOBRE A LEI
a) o que Jesus ensinou em (Mateus 22:37) – “ Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. (Mateus 22:38) – Este é o primeiro e grande mandamento. (Mateus 22:39) – E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. (Mateus 22:40) – Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas.”
b) Jesus ensinou (Mateus 5:27) – ‘Ouvistes que foi dito aos antigos: Não cometerás adultério. (Mateus 5:28) – Eu, porém, vos digo, que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela.”
c) Jesus ensinou (Mateus 5:38) – “Ouvistes que foi dito: Olho por olho, e dente por dente. (Mateus 5:39) – Eu, porém, vos digo que não resistais ao mal; mas, se qualquer te bater na face direita, oferece-lhe também a outra;”
d) Jesus ensinou (Mateus 5:43) – “Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo, e odiarás o teu inimigo. (Mateus 5:44) – Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus;”
O QUE JESUS ENSINOU ATÉ O CALVÁRIO PERDEU SUA VALIDADE?
O que fazer com esses ensinos de Jesus antes do Calvário? Rejeitá-los porque foram dados antes da morte de Jesus no Calvário? A Lei de Moisés abrangia apenas o Pentateuco com 613 mandamentos e os ensinos de Jesus não faziam parte da lei. Ele a cumpriu integralmente, como dissemos, mas os ensinos de Jesus são exatamente o que ele mandou que fossem observados.
(Mateus 28:19) – “Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;” (Mateus 28:20) – “Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém.”
O que fazer com os dois textos citados que ordenam que guardemos o que Jesus ensinou? Só perguntando a opositora do dízimo.
Irrefletidamente, alega contra o dízimo o seguinte, “Não existe um único texto no Novo Testamento que ensine a dizimar após o período do Calvário”. Ora, de novo a opositora do dízimo demonstra conhecer muito pouco a Bíblia, pois, senão, não teria feito tal declaração. Será que ela se esqueceu do livro de Hebreus? Leiamos:
(Hebreus 7:1) – “PORQUE este Melquisedeque, que era rei de Salém, sacerdote do Deus Altíssimo, e que saiu ao encontro de Abraão quando ele regressava da matança dos reis, e o abençoou; (Hebreus 7:2) – A quem também Abraão deu o dízimo de tudo, e primeiramente é, por interpretação, rei de justiça, e depois também rei de Salém, que é rei de paz; (Hebreus 7:3) – Sem pai, sem mãe, sem genealogia, não tendo princípio de dias nem fim de vida, mas sendo feito semelhante ao Filho de Deus, permanece sacerdote para sempre. (Hebreus 7:4) – Considerai, pois, quão grande era este, a quem até o patriarca Abraão deu os dízimos dos despojos. (Hebreus 7:5) – E os que dentre os filhos de Levi recebem o sacerdócio têm ordem, segundo a lei, de tomar o dízimo do povo, isto é, de seus irmãos, ainda que tenham saído dos lombos de Abraão.” E sabemos que o livro de Hebreus foi escrito lá pelo ano de 64 A. D.
“Ponto 12 – Os sacerdotes da Antiga Aliança foram substituídos pelos pastores bíblicos”
“O falso ensino é que os anciãos e pastores da Novo Aliança estão simplesmente continuando de onde os sacerdotes da Antiga Aliança deixaram e por isso devem receber o dízimo”.

Resposta Apologética: De novo o argumento inválido e já refutado em invocar a Lei de Moisés para, com ela, recusar a contribuição do dízimo na Nova Aliança. Entretanto, lemos:
(Hebreus 7:22) – “De tanto melhor aliança Jesus foi feito fiador. (Hebreus 7:23) – E, na verdade, aqueles foram feitos sacerdotes em grande número, porque pela morte foram impedidos de permanecer, (Hebreus 7:24) – Mas este, porque permanece eternamente, tem um sacerdócio perpétuo.”
Enquanto durar o sacerdócio de Cristo os filhos de Abraão, pela fé, estarão contribuindo espontaneamente com seus dízimos a Melquisedeque, figura de Jesus Cristo (Hb 7.1-3). Reconhecemos que, hoje, os cristãos em geral constituem “o sacerdócio real”, mas o sacerdócio de Cristo continua. “Mas este, porque permanece eternamente, tem um sacerdócio perpétuo.”
OoOo
“Ponto 13 – A Igreja da Nova Aliança não é um edifício nem um armazém”.
“O falso ensino é que os edifícios cristãos chamados “igrejas”, “tabernáculos” ou “templos”, substituíram o Templo do Velho Testamento como locais de habitação divina”.
Resposta Apologética: De novo o argumento baseado no Antigo Concerto. Se não estamos sob o Antigo Concerto, como usar argumentos tirados da Lei para negar a validade do dízimo, considerando que o livro de Hebreus 7.1-3,9,10 aborda a validade do dízimo usando os exemplos de Abraão a Melquisedeque para essa contribuição. E ainda mais que eles estavam praticando o dízimo antes de da lei de Moisés ser dada.
(Gálatas 3:17) – “Mas digo isto: Que tendo sido a aliança anteriormente confirmada por Deus em Cristo, a lei, que veio quatrocentos e trinta anos depois, não a invalida, de forma a abolir a promessa.” Taxativamente não estamos sob a lei de Moisés, (Romanos 6:14) – “Porque o pecado não terá domínio sobre vós, pois não estais debaixo da lei, mas debaixo da graça. (Romanos 6:15) – Pois que? Pecaremos porque não estamos
debaixo da lei, mas debaixo da graça? De modo nenhum.”
Ponto 14 – A Igreja cresce quando usa os melhores princípios da Nova Aliança.
(O falso ensino é que os princípios de dar graças não são tão bons como os princípios do dizimar na Antiga Aliança.)
Resposta Apologética: Quem não sabe disso? Entretanto, a opositora do dízimo deveria ser mais benevolente e cultivar um pouco mais o fruto do Espírito (Gl 5.22) principalmente o denominado “a temperança” e evitar acusações levianas e deprimentes ao dizer,
“Essas pessoas mal conhecedoras da Bíblia se comportam com o Espírito Santo exatamente como os feiticeiros se comportam com os maus espíritos.”
Tal declaração pode ser tida como uma blasfêmia contra o Espírito Santo. Como ficam as palavras de Jesus (Lucas 11:11) – “E qual o pai de entre vós que, se o filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou, também, se lhe pedir peixe, lhe dará por peixe uma serpente? (Lucas 11:12) – Ou, também, se lhe pedir um ovo, lhe dará um escorpião? (Lucas 11:13) – Pois se vós, sendo maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais dará o Pai celestial o Espírito Santo àqueles que lho pedirem?”
Atribuir a Deus o que nós, imperfeitos seres humanos não somos capazes de fazer, beira à blasfêmia. E isso pela opositora que exibe um ódio figadal contra o povo pentecostal a ponto de atribuir aos demônios (espíritos maus) a obra do Espírito Santo na vida de uma pessoa cristã.
O SUSTENTO MINISTERIAL
“Ponto 15 – O Apóstolo Paulo preferia que os líderes da Igreja se auto-sustentassem.”
“(O falso ensino é que Paulo ensinou e praticou o dízimo)”.
Resposta Apologética: Ora, ora, alguém se propõe escrever contra o sustento ministerial e dolosamente declara:
“Embora ele (Paulo) não tenha condenado os que recebiam sustento pela obra em tempo integral, também não ensinou que tal sustento fosse ordenado por Deus, para difusão do Evangelho.”…
“Para Paulo, a expressão ‘ viver do evangelho’ significava ‘ viver segundo os princípios da fé, do amor e da graça’”.
Ler as alegações expostas pela antidizimista contra o sustento ministerial é de admitir que não parece ter ela aprendido muito sobre hermenêutica nos seminários onde estudou. Por exemplo, dizer que a expressão ‘ viver do evangelho’ significava ‘viver segundo os princípios da fé, do amor e da graça’, é interpretar o texto sem o contexto. ISTO É PRETEXTO. O texto citado é (I Corintios 9:14) – “Assim ordenou também o Senhor aos que anunciam o evangelho, que vivam do evangelho.” O contexto, parte que vem antes ou depois do contexto esclarece o texto de 1 Co 9.14. Leiamos o contexto:
(I Corintios 9:5) – “Não temos nós direito de levar conosco uma esposa crente, como também os demais apóstolos, e os irmãos do Senhor, e Cefas? (I Corintios 9:6) – Ou só eu e Barnabé não temos direito de deixar de trabalhar? (I Corintios 9:7) – Quem jamais milita à sua própria custa? Quem planta a vinha e não come do seu fruto? Ou quem apascenta o gado e não se alimenta do leite do gado? (I Corintios 9:8) – Digo eu isto segundo os homens? Ou não diz a lei também o mesmo? (I Corintios 9:9) – Porque na lei de Moisés está escrito: Não atarás a boca ao boi que trilha o grão. Porventura tem Deus cuidado dos bois? (I Corintios 9:10) – Ou não o diz certamente por nós? Certamente que por nós está escrito; porque o que lavra deve lavrar com esperança e o que debulha deve debulhar com esperança de ser participante. (I Corintios 9:11) – Se nós vos semeamos as coisas espirituais, será muito que de vós recolhamos as carnais? (I Corintios 9:12) – Se outros participam deste poder sobre vós, por que não, e mais justamente, nós? Mas nós não usamos deste direito; antes suportamos tudo, para não pormos impedimento algum ao evangelho de Cristo. (I Corintios 9:13) – Não sabeis vós que os que administram o que é sagrado comem do que é do templo? E que os que de contínuo estão junto ao altar, participam do altar? (I Corintios 9:14) – Assim ordenou também o Senhor aos que anunciam o evangelho, que vivam do evangelho.”
(Gálatas 6:6) – “E o que é instruído na palavra reparta de todos os seus bens com aquele que o instrui.”
(I Timóteo 5:17) – “Os presbíteros que governam bem sejam estimados por dignos de duplicada honra, principalmente os que trabalham na palavra e na doutrina; (I Timóteo 5:18) – “Porque diz a Escritura: Não ligarás a boca ao boi que debulha. E: Digno é o obreiro do seu salário.”
(II Corintios 11:8) – “Outras igrejas despojei eu para vos servir, recebendo delas salário; e quando estava presente convosco, e tinha necessidade, a ninguém fui pesado. (II Corintios 11:9) – Porque os irmãos que vieram da Macedônia supriram a minha necessidade; e em tudo me guardei de vos ser pesado, e ainda me guardarei. (II Corintios 11:10) – Como a verdade de Cristo está em mim, esta glória não me será impedida nas regiões da Acaia. (II Corintios 11:11) – Por quê? Porque não vos amo? Deus o sabe. (II Corintios 11:12) – Mas o que eu faço o farei, para cortar ocasião aos que buscam ocasião, a fim de que, naquilo em que se gloriam, sejam achados assim como nós.”
Pergunto: como alguém se intitula teóloga e é capaz de interpretar tão erroneamente as palavras de Paulo?! O que Paulo expõe com muita clareza é que deve haver a responsabilidade da igreja pelo pagamento de salários dos seus obreiros. Se ele, realmente, em determinadas ocasiões fabricou tendas era para evitar exatamente pessoas murmuradoras que não supriam o mínimo para sustento dele e de Barnabé. Pergunta ele com muita propriedade: “(I Corintios 9:6) – Ou só eu e Barnabé não temos direito de deixar de trabalhar? (I Corintios 9:7) – Quem jamais milita à sua própria custa? Quem planta a vinha e não come do seu fruto? Ou quem apascenta o gado e não se alimenta do leite do gado?”
Como a opositora, que declara ter estudado a Bíblia com pastor apologeta, cometa uma tamanha aberração interpretativa dizendo, como se os leitores da sua apostila antidizimista fossem analfabetos na Bíblia como ela declara dos pastores pentecostais.
Analfabeto na Bíblia é quem dá essa interpretação capciosa, dolosa, para justificar seus argumentos contra o sustento ministerial. Não diga para ninguém que é uma seguidora de Paulo, porque, na verdade, nunca foi seguidora de Paulo, pelo menos no particular da contribuição e sustento ministerial. Como é que esses obreiros poderiam ser supridos em suas necessidades materiais senão pela contribuição?. Assim, O DÍZIMO: a) É contribuição voluntária; É contribuição metódica; c) É contribuição proporcional aos rendimentos.
“Ponto 16 – O dízimo não se tornou uma lei na igreja, até o ano 777 d.C.”
“O falso ensino é que a igreja histórica sempre ensinou o dízimo.”
Resposta Apologética: Que Concílio de 585 é esse mencionado pela opositora do dízimo? Desconheço qualquer Concílio sem o nome da cidade onde se realizou tal concílio. Quem disse que o dízimo não se tornou na igreja até o ano 777 d.C.? A igreja fundada no dia de Pentecostes não tinha lei sobre contribuições dizimais. Eles davam 100% do que possuíam. Vendiam suas propriedades e traziam tudo aos pés dos apóstolos. As razões apresentadas pela opositora são parecidas com os judaizantes de hoje que se arvoram em cristãos e querem viver como judeus guardando supostamente o sábado, alimentando-se dieteticamente e buscam então encontrar um motivo pagão alegando que foi Constantino que deu margem à observância do domingo, ignorando propositadamente Apocalipse 1.10, onde o primeiro dia da semana (o domingo) foi chamado de dia do Senhor. Igualmente, a mesma acusação é usada com relação à doutrina da Trindade, alegando-se que ela foi definida no Concílio de Nicéia, presidido por Constantino no ano 325 d. C. Sofisma, apenas. Se alguém se nega a dar voluntariamente o dízimo, então que siga o exemplo da igreja primitiva. “(AT 2.45) “E vendiam suas propriedades e fazendas, e repartiam com todos, segundo cada um havia de mister.”
Qual é o antidizimista que se mostra tão generoso que age como os cristãos primitivos?
Será que alguns não estão agindo como Ananias e Safira? (Atos 5:1) – “MAS um certo homem chamado Ananias, com Safira, sua mulher, vendeu uma propriedade, (Atos 5:2) – E reteve parte do preço, sabendo-o também sua mulher; e, levando uma parte, a depositou aos pés dos apóstolos. (Atos 5:3) – Disse então Pedro: Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo, e retivesses parte do preço da herdade? (Atos 5:4) – Guardando-a não ficava para ti? E, vendida, não estava em teu poder? Por que formaste este desígnio em teu coração? Não mentiste aos homens, mas a Deus. (Atos 5:5) – E Ananias, ouvindo estas palavras, caiu e expirou. E um grande temor veio sobre todos os que isto ouviram. (Atos 5:6) – E, levantando-se os moços, cobriram o morto e, transportando-o para fora, o sepultaram. (Atos 5:7) – E, passando um espaço quase de três horas, entrou também sua mulher, não sabendo o que havia acontecido. (Atos 5:8) – E disse-lhe Pedro: Dize-me, vendestes por tanto aquela herdade? E ela disse: Sim, por tanto. (Atos 5:9) – Então Pedro lhe disse: Por que é que entre vós vos concertastes para tentar o Espírito do Senhor?
Eis aí à porta os pés dos que sepultaram o teu marido, e também te levarão a ti. (Atos 5:10) – E logo caiu aos seus pés, e expirou. E, entrando os moços, acharam-na morta, e a sepultaram junto de seu marido. (Atos 5:11) – E houve um grande temor em toda a igreja, e em todos os que ouviram estas coisas.” Negam o dízimo e, às vezes, ganhando altos salários, colocam na sacola da contribuição, valores correspondentes a 1% do que ganharam. Falta-lhes a espontaneaneidade da mulher viúva mas generosa: (Marcos 12:41) – “E, estando Jesus assentado defronte da arca do tesouro, observava a maneira como a multidão lançava o dinheiro na arca do tesouro; e muitos ricos deitavam muito. (Marcos 12:42) – Vindo, porém, uma pobre viúva, deitou duas pequenas moedas, que valiam meio centavo. (Marcos 12:43) – E, chamando os seus discípulos, disse-lhes: Em verdade vos digo que esta pobre viúva deitou mais do que todos os que deitaram na arca do tesouro; (Marcos 12:44) – Porque todos ali deitaram do que lhes sobejava, mas esta, da sua pobreza, deitou tudo o que tinha, todo o seu sustento.” Ela não foi ludibriada com a teologia da prosperidade que ensina a fazer sacrifícios em propriedades e dá-las a certas igrejas cuja direção está nas mãos de homens ávidos por dinheiro. (II Pedro 2:3) – “E por avareza farão de vós negócio com palavras fingidas; sobre os quais já de largo tempo não será tardia a sentença, e a sua perdição não dormita.” A viúva elogiada por Jesus era grata a Deus e demonstrou sua gratidão ao oferecer o que de melhor tinha.
Extraído do site www.iepaz.org.br/a-questao-do-dizimoem 26/01/2015
Pastor NATANAEL RINALDI
FONTE:http://www.cacp.org.br/a-questao-do-dizimo/

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

A diferença entre adivinhações e profecias


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“Temos, assim, tanto mais confirmada a palavra profética, e fazeis bem em atendê-la, como a uma candeia que brilha em lugar tenebroso, até que o dia clareie e a estrela da alva nasça em vosso coração” (2 Pe 1.19).
Profecias bíblicas se cumprem sempre, sem exceção. Por isso podemos ter absoluta confiança nelas. Mas quem confia em adivinhações está perdido!
Só uma coisa é certa a respeito das adivinhações de videntes, astrólogos e cartomantes: a cada ano se repete o fiasco da falha do seu cumprimento! Praticamente todas as previsões para 2003 foram falsas. O “Comitê Para a Investigação Científica das Alegações dos Paranormais” na Alemanha comparou 100 prognósticos com a realidade e verificou que as explicações posteriores dos adivinhos são completamente contraditórias em relação às previsões feitas. Muitos de seus prognósticos são formulados de maneira tão vaga que o exercício da futurologia nem se faz necessário, pois qualquer um de nós poderia fazer previsões semelhantes usando simplesmente a lógica e o bom senso. As previsões são tão genéricas que acabam acertando em algum detalhe. Dois exemplos: em dezembro de 2002 um astrólogo previu “iminente risco de guerra” para o Iraque.[1] O matemático Michael Kunkel (de Mainz/Alemanha), observou que uma declaração dessas, naquela época, equivalia a afirmar que o sol iria nascer na manhã seguinte. Relativamente a Israel, um dos prognósticos para este ano dizia: “Depois de sérios distúrbios, existe a tendência de que no final de 2004 haja um acordo de paz satisfatório, de modo a que ambas as partes tenham interesse em cumpri-lo”. É quase impossível falar de maneira mais genérica. Mas é interessante observar como as pessoas, que nada querem saber da Bíblia, são enganadas rotineiramente e dão ouvidos a esse tipo de “profecia” vaga e superficial.
A adivinhação do futuro pode envolver puro e simples engano visando o lucro fácil. Por outro lado, além do interesse financeiro, a astrologia, por exemplo, tem origem espírita e ocultista, diretamente inspirada por Satanás e seus demônios. Seja como for, ela sempre é mentirosa, pecaminosa e de origem diabólica. O reformador Martim Lutero declarou, com razão: “O Diabo também sabe profetizar – e mente ao fazê-lo”.
Em Deuteronômio 18.9-11 está escrito: “Quando entrares na terra que o Senhor, teu Deus, te der, não aprenderás a fazer conforme as abominações daqueles povos. Não se achará entre ti quem faça passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro; nem encantador, nem necromante, nem mágico, nem quem consulte os mortos”. A Bíblia com Anotações de Scofield comenta a respeito:
As oito práticas anatematizadas para determinação do futuro são estas: 1. do adivinhador – os métodos são apresentados em Ez 21.21; 2. do prognosticador – possivelmente referindo-se à feitiçaria ou astrologia; 3. do agoureiro – aquele que usa prognósticos; 4. do feiticeiro – aquele que faz uso da magia, de fórmulas ou encantamentos; 5. dos encantadores – Sl 58.4-5; 6. de quem consulta um espírito adivinhante – veja o número 7; 7. do mágico, geralmente usado com o número 6 – Is 8.19 descreve a prática; e 8. do necromante – aquele que procura interrogar os mortos. Duas coisas precisam ser mantidas em mente: 1) este mandamento tinha aplicações específicas a Israel que estava entrando na terra; foram feitas para preservar os israelitas das abominações dos seus predecessores (vv. 9, 12 e 14) e 2) para se perceber claramente o contraste entre esses falsos profetas e os profetas como Moisés (vv. 15-19).

Profecia bíblica

Vejamos as principais diferenças entre adivinhação e profecia bíblica:
  • A adivinhação faz afirmações vagas e genéricas e não esclarece os fatos. A profecia bíblica é a história escrita antes que aconteça. Ela parte do próprio Deus Todo-Poderoso, que tem uma visão panorâmica das eras e as estabeleceu em Seu plano divino. O profeta Isaías O engrandece: “” Senhor, tu és o meu Deus; exaltar-te-ei a ti e louvarei o teu nome, porque tens feito maravilhas e tens executado os teus conselhos antigos, fiéis e verdadeiros” (Is 25.1). O próprio Senhor afirma: “lembrai-vos das coisas passadas da antiguidade: que eu sou Deus, e não há outro, eu sou Deus, e não há outro semelhante a mim; que desde o princípio anuncio o que há de acontecer e desde a antiguidade, as coisas que ainda não sucederam; que digo: o meu conselho permanecerá de pé, farei toda a minha vontade” (Is 46.9-10).
  • A adivinhação interpreta algum tipo de sinal. A profecia bíblica não depende da nossa interpretação, mas se sustenta exclusivamente em sua própria realização.
  • As previsões de astrólogos são especulativas e deixam margem para muitas interpretações. A profecia bíblica acerta em 100% dos casos.
  • O apóstolo Pedro escreve: “Porque não vos demos a conhecer o poder e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo seguindo fábulas engenhosamente inventadas, mas nós mesmos fomos testemunhas oculares da sua majestade” (2 Pe 1.16).
Tim LaHaye e Thomas Ice afirmam:
Falsas religiões e idéias supersticiosas baseiam-se em fábulas engenhosamente inventadas, mas a fé cristã está fundamentada na auto-revelação do próprio Deus aos homens, da forma como a encontramos na Bíblia. Além disso, Pedro designa a profecia bíblica como “palavra profética” e diz: “…fazeis bem em atendê-la, como a uma candeia que brilha em lugar tenebroso…” (2 Pe 1.19). Por que podemos depositar toda a nossa confiança na palavra profética? Porque a profecia bíblica, segundo a conclusão de Pedro, não é a explicação humana dos acontecimentos históricos: “sabendo, primeiramente, isto: que nenhuma profecia da Escritura provém de particular elucidação; porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens [santos] falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo” (2 Pe 1.20-21).Tendo a profecia, os cristãos possuem um resumo do plano divino para o futuro. Além disso, como centenas de profecias já se cumpriram literalmente – a maioria delas relacionadas à primeira vinda de Cristo – sabemos que todas as promessas em relação ao futuro também se cumprirão integralmente nos tempos finais e por ocasião da volta de Cristo”.[2]
  • Adivinhação e interpretação de sinais são baseados em mentiras, enquanto a profecia divina é a mais absoluta verdade. Balaão era um “agoureiro” (Nm 24.1) que Balaque, rei dos moabitas, queria usar para amaldiçoar Israel (Nm 23-24). E justamente esse adivinhador foi obrigado a reconhecer: “Deus não é homem, para que minta; nem filho de homem, para que se arrependa. Porventura, tendo ele prometido, não o fará? Ou, tendo falado, não o cumprirá?” (Nm 23.19).
  • A Bíblia contém 6.408 versículos com declarações proféticas, das quais 3.268 já se cumpriram. Não se sabe de nenhum caso em que uma profecia bíblica tivesse se cumprido de forma diferente da profetizada. Esses números equivalem à chance de que ao jogar-se 1.264 dados, todos caiam, sem exceção, com o número 6 para cima. Essa probabilidade é tão pequena que exclui toda e qualquer obra do acaso.[3]
  • Conforme o Dr. Roger Liebi, 330 profecias extremamente exatas e específicas referentes ao Messias sofredor se cumpriram literalmente por ocasião da primeira vinda de Cristo.
Dessa abundância de profecias relacionadas ao nascimento, à vida e à morte de Jesus, destacamos apenas o exemplo do Salmo 22.16-17: “…traspassaram-me as mãos e os pés. Posso contar todos os meus ossos…” Não há dúvida de que essa passagem fala da crucificação, pois o sofrimento descrito pelo salmista só acontece nesse tipo de morte. Entre os judeus a crucificação jamais foi uma forma de execução de condenados à morte e ainda não era conhecida quando o salmo foi escrito. Bem mais tarde os romanos copiaram dos cartagineses a pena de morte por crucificação. Portanto, seria muito mais lógico se o salmista tivesse descrito a morte por apedrejamento ou pela espada. Numa época tão remota (1000 a.C.), por que ele falou da morte pela cruz, completamente desconhecida dos judeus? A resposta é que o salmista, inspirado pelo Espírito de Deus, era um profeta e apontava a morte futura de Jesus.
  • A adivinhação cria confusão mental, turva a visão para a verdade bíblica e bloqueia a disposição das pessoas de crerem no Evangelho de Jesus Cristo. Ela embota seus sentidos, prendê-as a falsos ensinos e torna-as inseguras em suas decisões. A profecia divina, entretanto, liberta e dá segurança. Por isso todos deveriam seguir o conselho de Deus: “Eu o disse, eu também o cumprirei; tomei este propósito, também o executarei. Ouvi-me vós…” (Is 46.11b-12a).
  • Qualquer pessoa que crê em Jesus Cristo e confia sua vida a Ele tem um futuro seguro e não precisa ter medo de nada. Quem se entrega a Jesus passa a viver sob a bênção da profecia encontrada em João 14.3: “E, quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também”. (Norbert Lieth -http://www.chamada.com.br)

Notas:

  1. Idea Spektrum, 1/2 2004.
  2. Tim LaHaye/Thomas Ice, Countdown zum Finale der Welt.
  3. Factum, Edição Especial 1995
Fonte: [http://www.cacp.org.br/a-diferenca-entre-adivinhacoes-e-profecias/]

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