CREDO APOSTÓLICO
Creio em
Deus, o Pai onipotente, criador do céu e da terra. E em Jesus Cristo, seu único
Filho, nosso Senhor, o qual foi concebido do Espírito Santo, nasceu único
Filho, nosso Senhor, o qual foi concebido do Espírito Santo, nasceu da Virgem
Maria, padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado, desceu
aos infernos, no terceiro dia ressuscitou dos mortos, subiu aos céus, está
sentado à destra de Deus, o Pai onipotente, donde há de vir para julgar os
vivos e os mortos.
Creio no
Espírito Santo, a santa igreja católica – a comunhão dos santos, a remissão dos
pecados, a ressurreição da carne e a vida eterna. Amém.
O texto
litúrgico atualmente em uso:
Dir-se-á o
Credo Apostólico: Creio em Deus Pai, todo-poderoso, Criador do céu e da terra.
E em Jesus
Cristo. Seu único Filho nosso Senhor. O qual foi concebido pelo Espírito Santo,
nasceu da virgem Maria, padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e
sepultado; desceu ao inferno, no terceiro dia ressuscitou dos mortos, subiu ao
céu e está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso, donde há de vir julgar
os vivos e mortos. Creio no Espírito Santo, na Santa Igreja Cristã – a comunhão
dos santos, na remissão dos pecados, na ressurreição da carne e na vida eterna.
Amém.
Note-se que
a palavra católica foi generalizada traduzida por “cristã”, em parte para não
confundir com a igreja romana, mas principalmente para reforçar o fato de que
ele é a confissão verdadeira de qualquer cristão.
Sem dúvida,
como disse Lutero: “A verdade cristã não poderia ter sido resumida numa
exposição mais clara e breve”.
Comentário:
Por seu uma
das primeiras parte da literatura confessional que se aprende, o Credo
Apostólico é o credo mais usado em nossa igreja. E, exceto a oração do Senhor
(dominical), não há conjunto de palavras na Igreja Cristã que os cristãos mais
pronunciem. Ele é o primeiro dos credos ecumênicos (a palavra ecumênico
significa universal, geral, do mundo inteiro). A Igreja Cristã antiga adotou o
nome ecumênico para mostrar que ela, como um todo, aceitava esses credos foram
usados dessa maneira. Em 1580, a Igreja Luterana, para demonstrar de que não
era uma seita ou movimento, incorporou três credos em suas confissões, reunidas
no Livro de Concórdia.
Apesar de
receber o nome de Apostólico, não temos nenhuma evidência de que foi escrito
pelos próprios apóstolos ou por alguns deles. O título “Credo Apostólico” foi
usado pela primeira vez em 390, no Sínodo de Milão. Em 404, Tirano Rufino escreveu
um comentário do credo, contando a história de sua provável origem (de que no
dia de Pentecostes os apóstolos, antes de cumprir a ordem de ir aos confins da
terra, teriam se reunido e cada um contribuído com alguma parte do credo). Há
evidência, no entanto, de que um credo muito semelhante a este já era usado no
ano 150.
A verdade,
talvez, nunca se saberá. Entretanto, ninguém de sã consciência negará que esse
credo reproduz autenticamente o ensino dos apóstolos, fundamentado nas verdades
das Escrituras (1 Co 8.6; 12.13; Fp 2.5-11; 1 Tm 2.4-6; 1 Tm 3.16).
CREDO DE NICÉIA
Cremos em um
só Deus, Pai onipotente, criador de todas as coisas visíveis e invisíveis; e em
um só Senhor, Jesus Cristo, o Filho de Deus, gerado pelo Pai, unigênito, isto
é, sendo da mesma substância do Pai, Deus de Deus, Luz da Luz, Deus verdadeiro
do Deus verdadeiro, gerado, não feito, de uma só substancia com o Pai, pelo
qual foram feitas todas as coisas, as que estão no céu e as que estão na terra;
o qual, por nós homens e por nossa salvação, desceu, encarnou-se e se fez
homem. Sofreu, ressuscitou ao terceiro dia, subiu ao céu, e novamente virá para
julgar os vivos e os mortos. Cremos no Espírito Santo. E a todos que dizem :
Ele era quando não era, e Antes de nascer, ele não era, ou que foi feito do não
existente, bem como aqueles que alegam ser o Filho de Deus de outra substância
ou essência, ou feito, ou mutável, ou alterável a todos esses a Igreja Católica
e Apostólica anatematiza.
CREDO DE CESARÉIA
Cremos em um
só Deus, Pai onipotente, criador de todas as coisas visíveis e invisíveis; e em
um só Senhor, Jesus Cristo, Verbo de Deus, Deus de toda a criação, por quem
foram feitas todas as coisas; o qual foi feito carne para nossa salvação, tendo
vivido entre os homens. Sofreu, ressuscitou ao terceiro dia, subiu ao Pai e
novamente virá em glória para julgar os vivos e os mortos. Cremos também em um
só Espírito Santo.
CREDO NICENO
Creio em um
só Deus, o Pai onipotente, criador do céu e da terra, de todas as coisas,
visíveis e invisíveis.E em um só Senhor Jesus Cristo, Filho unigênito de Deus e
nascido do Pai antes de todos os séculos, Deus de Deus, Luz da Luz, Deus
verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado, não feito, consubstancial ao Pai, por
quem foram feitas todas as coisas; o qual, por amor de nós homens e por nossa
salvação, desceu dos céus, e encarnou, pelo Espírito Santo, na Virgem Maria, e
se fez homem; foi também crucificado em nosso favor sob Pôncio Pilatos; padeceu
e foi sepultado; e ao terceiro dia ressuscitou, segundo as Escrituras; e subiu
aos céus; está sentado à destra do Pai, e virá pela segunda vez, em glória,
para julgar os vivos e os mortos; e seu reino não terá fim.
E no Espírito Santo, Senhor e vivificador, o qual procede do Pai e do Filho; que juntamente com o Pai e o Filho é adorado e glorificado; que falou pelos profetas.
E no Espírito Santo, Senhor e vivificador, o qual procede do Pai e do Filho; que juntamente com o Pai e o Filho é adorado e glorificado; que falou pelos profetas.
E a igreja,
uma santa, católica e apostólica.
Confesso um
só batismo, para remissão dos pecados, e espero a ressurreição dos mortos e a
vida do século vindouro. Amém.
O texto
litúrgico atualmente em uso
Dir-se-á o
Credo Niceno: Creio em um só Deus, Pai todo-poderoso, Criador do céu e da
terra, tanto das cousas visíveis como das invisíveis.
E em um só
Senhor Jesus Cristo, Filho unigênito de Deus, nascido do Pai antes de todos os
mundos, Deus de Deus, Luz da Luz, verdadeiro Deus do verdadeiro Deus, gerado,
não criado, de uma só substância com o Pai, por quem todas as cousas foram
feitas; o qual por nós homens e pela nossa salvação desceu do céu e se encarnou
pelo Espírito Santo da Virgem Maria e foi feito homem; foi também crucificado
por nós sob Pôncio Pilatos, padeceu e foi sepultado; e ao terceiro dia
ressuscitou segundo as Escrituras, e subiu aos céus, e está sentado à direita
do Pai e virá novamente em glória a julgar os vivos e os mortos, cujo Reino não
terá fim.
E no
Espírito Santo, Senhor e Doador da vida, o qual procede do Pai e do Filho, que
juntamente com o Pai e o Filho é adorado e glorificado; que falou pelos
profetas. E numa única santa Igreja Cristã e Apostólica. Confesso um só Batismo
para remissão dos pecados, e espero a ressurreição dos mortos e a vida do mundo
vindouro. Amém.
Comentário:
Enquanto a
Igreja Cristã se desenvolvia, passou a sofrer oposição de Roma e dos judeus em
forma de perseguições e morte aos que professavam a fé cristã. Mas este não foi
o único tipo de perseguição sofrida.
Apesar da
igreja primitiva ter recebido aceitação social e respeitabilidade durante o
governo do Imperador Diocleciano (284-305), um outro tipo de perseguição
começou a se infiltrar na Igreja – o da oposição à fé como revelação direta da
verdade por parte de Deus.
A origem do
Credo Niceno se encontra na necessidade que houve d defender a doutrina
apostólica da divindade d Cristo contra Ario, e da divindade do Espírito Santo
contra os seguidores de Macedônio.
Convocou-se
um concílio na cidade de Nicéia para maio e junho de 325.220 bispos estavam
presentes. O propósito do concílio era o de formular, sem possibilidade de
falsas interpretações, o que as Escrituras ensinavam a respeito do Senhor Jesus
Cristo. A pergunta era: Jesus é ou não é o verdadeiro Deus do verdadeiro Deus?
Estaria Ario certo ao dizer que Jesus não é verdadeiramente Deus?
Apesar do
brilhantismo dos teólogos arianos, os ortodoxos (que mantinham o ensino
bíblico) não estavam ausentes e sem os seus heróis da fé.
Conta a
história que Atanásio era um homem de pouca estatura. Mas como um estudioso da
Bíblia, era um gigante. Desde o Concílio de Nicéia, por causa da sua defesa
sólida da fé cristã, o dito que passou a acompanhá-lo foi “Atanásio contra o
mundo”.
Além, de
Ario, apenas 5 outros se recusaram a assinar o documento elaborado em Nicéia. O
Imperador os baniu, mas sem grande interesse político. O mesmo credo foi
reafirmado no Concílio de Constantinopla, em 381, e foi oficialmente adotado
com alguns acréscimos em 451, no Concílio de Calcedônia.
O credo
Niceno não procura apresentar todos os artigos da fé cristã, mas confessa
edefende as verdades fundamentais da doutrina escriturística acerca de Deus.
A forma
final, conforme adotada em 451, é a que segue:
CREDO ATANASIANO
Todo aquele
que quer ser salvo, antes de tudo deve professar a fé católica. Quem quer que
não a conservar íntegra e inviolada, sem dúvida perecerá eternamente.
E a fé
católica consiste em venerar um só Deus na Trindade e a Trindade na unidade,
sem confundir as pessoas e sem dividir a substância.
Pois uma é a
pessoa do Pai, outra a do Filho, outra a do Espírito Santo;
Mas uma só é
a divindade do Pai e do Filho e do Espírito Santo, igual a glória, coeterna a
majestade.
Qual o Pai,
tal o Filho, tal também o Espírito Santo.
Incriado é o
Pai, incriado o Filho, incriado o Espírito Santo.
Imenso é o
Pai, imenso o Filho, imenso o Espírito Santo.
Eterno o
Pai, eterno o Filho, eterno o Espírito Santo;
Contudo, não
são três eternos, mas um único eterno;
Como não há
três incriados, nem três imensos, porém um só incriado e um só imenso.
Da mesma
forma, o Pai é onipotente, o Filho é onipotente, o Espírito Santo é onipotente;
Contudo, não
há três onipotentes, mas um só onipotente.
Assim, o Pai
é Deus, o Filho é Deus, o Espírito Santo é Deus;
E todavia,
não há três Deuses, porém um único Deus.
Como o Pai é
Senhor, assim o Filho é Senhor, o Espírito Santo é Senhor;
Entretanto,
não são três Senhores, porém um só Senhor.
Porque,
assim como pela verdade cristã somos obrigados a confessar que cada pessoa,
tomada pela verdade cristã somos obrigados a confessar que cada pessoa, tomada
em separado, é Deus e Senhor, assim também estamos proibidos pela religião
católica de dizer que são três Deuses ou três Senhores.
O Pai por
ninguém foi feito, nem criado, nem negado.
O Filho é só
do Pai; não feito, nem criado, mas gerado.
O Espírito
Santo é do Pai e do Filho; não feito, nem criado, nem gerado, mas procedente.
Há,
portanto, um único Pai, não três Pais; um único Filho, não três Filhos; um
único Espírito Santo, não três Espíritos Santos.
E nesta
Trindade nada é anterior ou posterior, nada maior ou menor; porém todas as três
pessoas são coeternas e iguais entre si; de modo que em tudo, conforme já ficou
dito acima, deve ser venerada a Trindade na unidade e a unidade na Trindade.
Portanto,
quem quer salvar-se, deve pensar assim a respeito da Trindade.
Mas para a
salvação eterna também é necessário crer fielmente na encarnação de nosso
Senhor Jesus Cristo.
A fé
verdadeira, por conseguinte, é crermos e confessarmos que nosso Senhor Jesus
Cristo, Filho de Deus, é Deus e homem.
É Deus,
gerado da substância do Pai antes dos séculos, e é homem, nascido, no mundo, da
substância da mãe.
Deus
perfeito, homem perfeito, subsistindo de alma racional e carne humana.
Igual ao Pai
segundo a divindade, menor que o Pai segundo a humanidade.
Ainda que é
Deus e homem, todavia não há dois, porém um só Cristo.
Um só,
entretanto, não por conversão da divindade em carne, mas pela assunção da
humanidade em Deus.
De todo um
só, não por confusão de substância, mas por unidade de pessoa.
Pois, assim
como a alma racional e a carne é um só homem, assim Deus e homem é um só
Cristo;
O qual
padeceu pela nossa salvação, desceu aos infernos, ressuscitou dos mortos, subiu
aos céus, está sentado à destra do Pai, donde há de vir para julgar os vivos e
os mortos.
À sua
chegada todos os homens devem ressuscitar com os seus corpos e vão prestar
contas de seus próprios atos;
E aqueles
que tiverem praticado o bem irão para a vida eterna; aqueles que tiverem
praticado o mal irão para o fogo eterno.
Esta é a fé
católica. Quem não a crer com fidelidade e firmeza, não poderá salvar-se.
“Também
falarei dos teus testemunhos na presença dos reis, e não me envergonharei”.
Comentário:
O Credo
Atanasiano é uma confissão magnífica sobre o Deus triúno. Lutero o considerou
“a maior produção da igreja desde os tempos dos apóstolos”.
A origem do
credo é, entretanto, obscura. Desde o século IX alguns o atribuíram a Atanásio,
o heróico defensor da doutrina da divindade de Cristo contra Ario. Entretanto,
não há razões muito fortes para que se possa atribuí-lo a Atanásio:
1. Não há
evidências de que Atanásio e seus contemporâneos tivessem tomado conhecimento
desse credo (também chamado “Quicunque” – pois ele inicia com estas palavras:
“Todo aquele. . . “).
2. Ele ataca
heresias que surgiram depois da morte de Atanásio, quando Nestório e Éutico
introduziram heresias sobre a Trindade e a pessoa de Cristo.
3. É bem
provável que o autor desse credo era versado nos escritos de Agostinho, que
viveu entre 354 e 430.
Mas se
Atanásio não foi o autor, quem foi? A questão tem intrigado os estudiosos da
história cristã ao longo de todos esses anos. O mais próximo que chegaram,
baseados em evidências encontradas, foi de que se conhecia um credo semelhante
a esse na Galiléia (hoje França) na metade do 5° século. Entretanto, só se
tornou popular para fins de instrução após Carlos Magno (742-814) ter decretado
que todos os clérigos tinham que aprendê-lo.
O Credo
Atanasiano nunca teve um uso generalizado como os outros 2 credos. Mas se há um
momento no Ano Eclesiático que ele deveria receber um pouco de atenção, este é
no 1º Dom. após Pentecostes – o Domingo da SS. Trindade, pois essa doutrina, e
especialmente a da divindade de Cristo e de sua obra redentora, é o fundamento
sobre o qual está edificada a igreja (Ef. 2.20).
Fonte: Bíblia Apologética
Acesso em http://www.cacp.org.br/credos-primitivos/
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