1 O presbítero ao
amado Gaio, a quem em verdade eu amo. 2 Amado, desejo que te vá bem em todas
as coisas, e que tenhas saúde, assim como bem vai a tua alma. 3 Porque
muito me alegrei quando os irmãos vieram, e testificaram da tua verdade, como
tu andas na verdade. 4 Não tenho maior gozo do que este, o de
ouvir que os meus filhos andam na verdade. 5 Amado, procedes fielmente
em tudo o que fazes para com os irmãos, e para com os estranhos, 6 Que
em presença da igreja testificaram do teu amor; aos quais, se conduzires como é
digno para com Deus, bem farás; 7 Porque pelo seu Nome saíram, nada
tomando dos gentios. 8 Portanto,
aos tais devemos receber, para que sejamos cooperadores da verdade. 9 Tenho escrito à igreja; mas Diótrefes,
que procura ter entre eles o primado, não nos recebe. 10 Por isso,
se eu for, trarei à memória as obras que ele faz, proferindo contra nós
palavras maliciosas; e, não contente com isto, não recebe os irmãos, e impede
os que querem recebê-los, e os lança fora da igreja. 11 Amado, não sigas o mal,
mas o bem. Quem faz o bem é de Deus; mas quem faz o mal não tem visto a Deus.
É muito revelador e interessante essa passagem de
João. Ela nos aponta algumas coisas que são extremamente atuais naquilo que
chamamos igreja. Vejamos o exemplo de Diótrefes.
João começa relatando a Gaio o seu desejo que tudo
corra bem com esse presbítero. Ele diz que se alegrou com Gaio pelo modo como
Gaio exercitava seu ministério.
O interessante é que João, ao nomear Diótrefes,
alerta antes que “aos tais (veja o verso 8) devemos receber”. Quem eram
os que deveriam ser recebidos? Os que tinham o exemplo de Gaio. Leia antes do
verso 8 que você vai entender isso. Aos que são como Gaio devemos receber.
Imediatamente, João começa a mencionar Diótrefes. Observe que há uma clara
intenção de frisar que o caso de Gaio era digno de louvor e honra, mas, em
contrapartida, aquele caso que ele iria expor (verso 9 em diante) era um caso a
ser pensado. Pessoas como Diótrefes não deveriam ser recebidas.
O que João repreende em Diótrefes? Vejamos:
1 -procura ter entre eles o primado: isso é,
queria ser o “manda-chuva” único lá. Não aceitava o presbitério plural e tinha
que ser uma espécie de dono da igreja local.
2- não nos recebe: claro que, sem desejar abrir sua liderança, o
caminho que tinha a seguir era o isolamento. Diótrefes não queria interferência
no seu governo. Mas, para isso, ele se dirigia com palavras que maculavam os
demais líderes, com o intuito de convencer sua congregação de que com ele nada
estava errado. Veja que, à frente, João diz que ele dizia palavras
maliciosas.
3 – impedia os que queria receber irmãos líderes
de fora
4 – excluía os que recebiam os de fora
João,
logo após mostrar as atitudes de Diótrefes, exorta a igreja a não seguir o mal,
mas o bem e alerta que aqueles que agem como Diótrefes nunca conheceram a Deus.
Isso
parece ser forte para você? Pois então se assim o é, saiba que essa é a marca
da igreja atual.
A
maioria dos líderes são como Diótrefes. Pensam que a igreja é deles. Desejam o
primado (a primazia, o mando, a chefia, o cargo de presidente, enfim, qualquer
posição de liderança máxima) e, para manter isso e não perder tal primado, agem
ao arrepio das verdades eternas. Como disse João, “não têm visto a Deus”.
Ora,
igrejas que tem um único líder há anos, igrejas cujos líderes máximos são autointitulados
apóstolos (veja que normalmente são os únicos apóstolos em suas denominações –
não podem perder esse espaço), lideranças de igrejas passadas de pai para filho
há muitas gerações, cantores que se julgam os verdadeiros adoradores do Senhor,
enfim, não seriam pessoas com as mesmas características de Diótrefes?
Julgo
ser uma pena tal situação, em virtude de isso apenas atrapalhar nosso
crescimento na direção de uma igreja sadia, pura, una, santa, onde o único foco
de glória seja o Senhor Jesus. Chegou a hora de tirarmos os Diótrefes de nosso
meio. Chegou a hora de alertarmos fortemente a igreja do Senhor Jesus.
Pr Aureo
Ribeiro V da Silva
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