A maioria das igrejas evangélicas têm aceitado dentro delas alguns ensinos
mentirosos e fora da Palavra. Não conseguem mais, biblicamente, discernir, pois
está faltando uma base sólida nas escrituras.
É triste esta realidade que estamos vivendo, e vejo, com certa tristeza
e peso, "servos" do Senhor, que já viveram na Sã Doutrina, varridos
por essas correntes loucas e esquecendo-se dos princípios que tanto defenderam.
Você já descobriu algo novo? Será
que a doutrina de Jesus e dos apóstolos deve estar de acordo com os tempos e as
estações da modernidade, em um mundo que não sabe ou não aceita a verdade
absoluta de Deus?
O relativismo levou-nos a ter a nossa própria verdade? Na minha
experiência de anos ao serviço do Senhor , eu ainda estou aceitando as palavras
de Jesus que disse: "EU SOU O
CAMINHO , A VERDADE E A VIDA , ninguém vem ao Pai senão por mim" João 14.6
Hoje, quero falar-vos sobre maldições hereditárias. Já houve uma febre
estrondosa no Brasil, mas ainda hoje, em particular no G12 ou M12, é uma prática
extremanente usada pela liderança para trazer alívio ao que sofre, mas este já
membro da igreja.
Diz-se que os problemas que os seres humanos sofrem neste mundo que se
tornam crônicos são maldições vindas de nossos ancestrais. Exemplos como os medos, doenças cardíacas, múltiplos infartos
desconfortos como dores de cabeça, enxaquecas, insônia, pensamentos sombrios,
complexos de qualquer espécie, até a pobreza, a rebelião, os membros da família
que não se rendem a Cristo, as preocupações, a fornicação , adultério,
idolatria , etc, etc. Sendo assim, mesmo já convertido, naquele que for
diagnosticado esse processo, deve haver uma ministração específica para quebrar
aquela maldição.
Isso já nos conduz a um “ministério de libertação”, que é um termo
antibíblico, pois não está previsto
pela Palavra de Deus como um ministério. Jesus determinou que seus discípulos
expulsassem demônios e curassem os enfermos (Mat 10.1). Isso é uma ação da
igreja como corpo de Cristo. É como se houvesse um ministério de Oferta e
alguns apenas deveriam ofertar na igreja, quando isso é uma tarefa de todos.
Sobre esta "maldição hereditária”, na Bíblia, aprendemos que o
pecado é a responsabilidade
individual. Ezequiel 18:20 diz: "A alma que pecar, essa morrerá :
o filho não levará a iniqüidade do pai, nem o pai levará a iniquidade do filho,
A justiça do justo ficará sobre ele, e a impiedade do ímpio será sobre
ele". Cristo pagou por nossos pecados na cruz. Essa é a mais tremenda e
verdadeira mensagem do Evangelho. Em Colossenses 2:14, podemos ler: “Havendo riscado a cédula que era contra nós
em suas ordenanças, que de algum modo
nos era contrária, tirou do meio de nós cravando-a cruz". Em Efésios 1.3,
diz : "Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos
abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo"
e em Romanos 8.1 lemos "portanto, agora, nenhuma condenação (maldição) há
para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne (segundo a
Lei), mas segundo o Espírito". Vemos, ainda, em João 1:12-13: “Mas a todos
quantos o receberam deu-lhes poder de se tornarem filhos de Deus, a
saber os que crêem no seu nome, os quais não nasceram do sangue, nem da vontade
da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus. "
As escrituras nos ensinam que fomos libertos por Jesus Cristo, que nos
livrou da maldição e o apóstolo Paulo, escrevendo aos Coríntios, diz: " se
alguém está em Cristo, nova criatura é, as coisas velhas (dentre elas, maldições)
passaram, eis que tudo se fez novo" II Cor 5:17 carta.
A maldição é o castigo dado por Deus por causa do pecado do homem. Neste
sentido, é a maldição da lei, de acordo com Deuteronômio 27:26. Esse texto diz:
“Maldito aquele que não confirmar as palavras desta lei, não as cumprindo. E
todo o povo dirá: Amém.”
Ora, mas se parece tão simples, de onde surgiu então essa ideia que, mesmo
sendo cristão, a pessoa pode carregar a maldição de seus antepassados? O que
esses pregadores de maldições hereditárias mais enfatizam é o texto de Êxodo
34.6 e 7, que diz:
“6 Passando, pois, o SENHOR
perante ele, clamou: O SENHOR, o SENHOR Deus, misericordioso e piedoso, tardio
em irar-se e grande em beneficência e verdade; 7 Que guarda a beneficência em milhares; que perdoa a iniqüidade, e a
transgressão e o pecado; que ao culpado não tem por inocente; que visita a
iniqüidade dos pais sobre os filhos e sobre os filhos dos filhos até à
terceira e quarta geração.”
É muito
interessante, porque o próprio Deus, ainda no Pentateuco, nos traz outra
abordagem, complementando esses dois versos, que está em Deuteronômio 5. 9 e
10:
“9 Não te encurvarás a elas, nem as servirás; porque eu, o SENHOR teu
Deus, sou Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos, até à
terceira e quarta geração daqueles que me odeiam. 10 E faço misericórdia a milhares dos que me amam e guardam os meus mandamentos.”
Já, aqui, o
Senhor apresenta outro viés, outra face do que Ele mesmo quis dizer com visitar
até a quarta geração. Ele enfatiza que é a quarta geração daqueles que o
odeiam. Os que O amam ele faz misericórdia a milhares.
Veja como o
engano é sutil, pois mesmo na Antiga Aliança, mesmo ainda na fase mosaica
o Senhor apresenta que a maldição acompanharia os que o odiavam, ou seja, os
que não obedeciam aos seus estatutos.
Isso não
mudou na Nova Aliança. Quem está fora dos caminhos do Senhor está desprotegido
e a maldição pode atingi-lo a qualquer momento e hora. Mas não é assim com os
escolhidos do Senhor, embora, com palavras doces e aparentemente espirituais,
muitos ainda preguem isso.
Ainda no AT,
em Jeremias 31 (também Ezequiel 18.2), o Senhor mostra outro aspecto dessa
questão, referindo-se a questão de maldições que passavam de pais para filhos:
“29 Naqueles dias nunca
mais dirão: Os pais
comeram uvas verdes, e os dentes dos filhos se embotaram. 30 Mas cada um morrerá pela sua
iniqüidade; de todo o homem que comer as uvas verdes os dentes se embotarão. 31
Eis que dias vêm, diz o SENHOR, em que farei uma aliança nova com a casa de Israel e com a casa de Judá. 32
Não conforme a aliança que fiz com seus
pais, no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito; porque
eles invalidaram a minha aliança apesar de eu os haver desposado, diz o SENHOR.
33 Mas esta é a aliança que farei com a casa de Israel depois daqueles dias,
diz o SENHOR: Porei a
minha lei no seu interior, e a escreverei no seu coração; e eu serei o seu Deus
e eles serão o meu povo.”
O próprio
Deus está dizendo: “Nunca mais direis”.
Quem prega maldição hereditária é desobediente. Quem ensina essa doutrina está
fora do que Deus mandou ainda no Antigo Testamento.
Ademais,
nessa mesma passagem o Senhor promete que faria uma Nova Aliança com a Casa de
Israel. Veja que o Senhor profetizava sobre o sacrifício de Jesus Cristo, pois
nesse sacrifício ele selou sua aliança conosco. Uma aliança, como diz o
escritor da carta aos Hebreus, superior. Se é superior é porque está acima,
está além, é espiritual, quando comparada com a antiga aliança. Se na velha
aliança Deus já havia mostrado que a maldição cairia sobre os desobedientes, o
que poderia o ser humano esperar da Nova Aliança?
Vejamos mais
duas passagens bem simples do NT:
“Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós;
porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro” Gal
3.13.
“Porque não recebestes o espírito de escravidão, para outra vez estardes
em temor, mas recebestes o Espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos:
Aba, Pai. O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de
Deus. E, se nós somos filhos, somos logo herdeiros também, herdeiros de Deus, e
co-herdeiros de Cristo: se é certo que com ele padecemos, para que também com
ele sejamos glorificados”. Rom 8.15 a 17
Na cruz, ou
seja, onde Deus selou a Nova Aliança, foram rompidas as cadeias de qualquer
maldição para aquele que se torna filho de Deus em Jesus Cristo. Tem ocorrido
muito nas igrejas que as pessoas não nascem de novo quando veem para a igreja e
começam a manifestar seus maus frutos. A liderança, incomodada com isso, em vez
de enfatizar o novo nascimento, prefere chamar tais pessoas de filhos de Deus e
ministrar quebra de maldições. Se nasceu de novo, é novo. Jesus levou NA CRUZ
todas as maldições da Lei. Aquela maldição de visitar a quarta geração era uma
das maldições da Lei. Se as maldições da Lei foram quebradas, logo essa o foi
também.
Além disso,
o texto de Romanos nos informa que não recebemos o espírito de escravidão, mas
o Espírito de Adoção de Filhos. Ora, fomos adotados por Deus no novo nascimento
e, com isso, pela fé, tornamo-nos herdeiros de Deus. Se somos herdeiros de Deus,
como podemos, já na obra da cruz, mantermos heranças de nossos pais terrenos?
Não é possível que isso ocorra. Não há como ser herdeiro espiritual de Deus e
material ou carnal de nossos pais. O texto de Romanos nos leva a esse
raciocínio de herdeiros porque nós trazemos com o novo nascimento a vida de
Deus, do próprio Deus, para dentro de nós. Com isso, nos tornamos seus filhos,
cuja herança já é nossa também.
Infelizmente,
como muitos aqui no Brasil gostam de importar tudo, até essa maldita doutrina
foi importada. Na minha experiência ministerial nunca precisei levar ninguém a
quebrar maldições, NUNCA. Todas as vezes que algum irmão nos trouxe um
problema, sempre apontamos a CRUZ e o NOVO NASCIMENTO. Sempre levei as pessoas
a refletirem se elas experimentaram a CRUZ e se foram regeneradas pelo Espírito
Santo. Quase sempre, os amados irmãos nem sabiam desse assunto e com uma
simples oração o mal ia embora. É uma questão de exercer autoridade e não
quebrar maldições.
Outro texto
que derruba essa heresia que reina em muitas denominações é Colossenses 1.13,
onde diz:
“O qual nos tirou da potestade das trevas, e nos transportou para o
reino do Filho do seu amor”
Ora, como eu
posso ser transportado das potestades das trevas para o reino do Filho do seu
amor e trazer as pragas que existem no reino do mal? Não, mil vezes não. Quando
alguém experimenta Jesus Cristo, ele sai de um reino de pragas, maldições,
vícios e muitos outros males e vem para o reino do Filho do Seu Amor. O crente que
aceita essas orações de renúncia disso, renúncia daquilo, queima isso, queima
aquilo, etc etc, como se isso fosse quebrar vínculos com o passado, está se
submetendo a espíritos enganadores, que os escravizarão mais ainda. Estás em
problema, lembre-se sempre que Jesus nos deu poder sobre espíritos imundos,
deu-nos poder para orarmos com doentes e os curarmos, deu-nos sua autoridade.
Se Ele fez isso tudo, quando eu aceito uma doutrina que me manda fazer orações
de renúncia, eu NEGO a autoridade que me foi dada e minha vida não anda para
frente nunca mais. É preciso voltar às veredas antigas da Sã Doutrina.
Eu poderia
explorar ainda João 9, sobre o cego de nascença, que os discípulos perguntam a
Jesus porque ele havia nascido daquele jeito. Ainda sugerem se teria sido culpa
dos pais, mas Jesus mostra o valor de sua obra e o poder de Deus: ele assim nasceu
para que a GLÓRIA DE DEUS SE MANIFESTE EM SUA VIDA.
Não vou me
alongar, vou apenas relembrar que aqueles que sorrateiramente chegam até nós
com outras doutrinas estão apenas nos trazendo o ANÁTEMA, a MALDIÇÃO. Saia disso!
Seja um crente atento, vigie e não caia em ensinos enganosos e perigosos (Gal
1.8 e 9)
Aureo R Vieira da Silva
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Texto ainda em 2017 muito útil!!! Q Deus abençoe vc, sua família e seu ministério, q Ele tenha misericórdia de nós nesses dias trabalhosos...
ResponderExcluirMeu irmão Pj Carmo. Estou morando um tempo fora do Brasil e tem sido mais difícil atualizar o blog com minhas mensagens ou com as mensagens de irmãos que eu respeito como bons mestres da Palavra de Deus. Sobre seu comentário, essa questão será atual sempre, pois parece que falsos ensinos atraem também muitos crentes sinceros em Jesus. Infelizmente. Ore por nós e continue a propagar a verdade da Palavra de Deus. Em Cristo.
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