terça-feira, 15 de outubro de 2013

Enfermidades 1: Afinal, Deus ainda cura ou não?



Falar em enfermidades nos dias atuais é difícil, pois é um assunto polêmico. Essa polêmica decorre da prática de nossas reuniões, cultos, trabalhos, enfim, atividades da igreja, onde se vê que as pessoas, principalmente as cristãs, normalmente, não recebem a cura de suas enfermidades. No entanto, nada das coisas que nos cercam ou mesmo as circunstâncias podem determinar ou alterar a verdade de Deus. Qual é a verdade de Deus a respeito desse assunto? Sabe-se que a Sua Palavra é a plenitude da Verdade e que Ela foi firmada eternamente nos céus (Sl 119:89) e, se Ela foi firmada eternamente nos céus, é válida para os dias atuais na sua totalidade. Graças a Deus que Sua Palavra é Viva em nossos dias!
O grande problema que surge é que nós, homens e mulheres de Deus, muitas vezes, mudamos a Palavra de Deus, por meio do nosso comportamento paradoxal em relação ao que está escrito. O que se pretende com esses estudos é mostrar ao povo de Deus que Ele já resolveu o problema da enfermidade, dando-nos a cura física e emocional em qualquer instante de nossa vida, através do sacrifício de Nosso Senhor Jesus Cristo. A mensagem que escrevo a vocês é resultante das muitas experiências de cura que temos vivido em nosso ministério evangelístico e pastoral, seja na área da cura divina, seja na libertação de obras malignas. Mas isso não quer dizer que Deus vai curar a todos, pois a regra é exatamente como para a salvação. A Bíblia nos ensina que nem todos serão salvos. Claro, a salvação é para quem crê. Do mesmo modo, a cura física é para os que creem.
É comum vermos orações não respondidas quando se trata de pessoa enferma. As pessoas recebem orações, mas não recebem a cura. Quando se tem alguém enfermo, pede-se a todos para orarem, pede-se que se inclua o nome do enfermo nas orações das igrejas e, em muitos casos, a pessoa para quem se ora acaba morrendo daquela doença e as pessoas apenas dizem que era o melhor para ela ou era a vontade de Deus que ela morresse. Então, muitos pastores, obreiros, diáconos e líderes em geral, que ministram essas orações não respondidas, criam certas doutrinas para servirem de pretexto ao fato da pessoa em questão não ter sido curada.
Vamos dar um exemplo. Suponha-se que eu ore por quinze pessoas enfermas e só duas recebam a cura (isso é muito comum em nossas igrejas). Dificilmente eu vá aceitar que há algo errado comigo ou com a pessoa que recebeu a oração e não foi curada. Não estou me referindo aqui a pecado, mas sim a completa falta de confiança na Palavra e na oração realizada. Acontece que a Bíblia diz que poríamos as mãos sobre os enfermos e os curaríamos (Mc 16.18). Aliás, foi o próprio Senhor Jesus quem disse isso. No livro de Tiago, capítulo 5.15, está escrito que a oração da fé salvará o doente e o Senhor o levantará e nós nem atentamos que nossa prática desmente essa verdade.
Em função disso, ou seja, de diversas promessas que não vemos se cumprir, ao vermos nossas orações tão impotentes, criamos doutrinas, ensinos e outras formas de desculpas, com a finalidade de justificarmos outros casos de orações não respondidas.
Que tristeza! Deveríamos ter uma reação de total inconformismo diante desse quadro triste em que muitas orações para enfermos ficam sem resposta. Se nossa atitude for de inconformação, Deus nos levará, por meio de um entendimento claro de sua Palavra, a uma vida de total prática de Suas Verdades.
Um objetivo, ao menos, que traço aqui é levá-lo a uma situação de reação aos pretextos que criamos para justificar tanta doença em nosso meio. Você não pode aceitar a enfermidade quando entender a Verdade de Deus a respeito dela. Ressalto, mais uma vez, que a atitude não aceitar não significa necessariamente que jamais teremos alguma doença.
Exemplos para esses pretextos que criamos temos muitos. Frases que, quase diariamente, ouvimos e refutamos na Palavra, tais como: “ah, irmã, isso é uma tribulação para Deus provar a irmã!”; “ah, irmão, essa doença é a cruz que o irmão tem que carregar”; “será que você não está em pecado?”; “é porque nem todos recebem!”; “o importante não é a cura física, mas a cura da alma!”; “é a vontade de Deus!, fazer o quê?”. Na realidade, isso mostra a falta de conhecimento da Palavra de Deus quanto a esse assunto e revela que muitos cristãos não meditam na Verdade de Deus. Não podemos mais justificar a falta da manifestação da graça de Deus. É hora de despertarmos e agirmos como agiram os irmãos da igreja primitiva e em outros casos de avivamento na história da igreja.
Atualmente, as pessoas cristãs, de um modo geral, atribuem a alguma pessoa que ora com enfermos que essa pessoa tem dom de cura. Na realidade, não existe este dom. Quando Paulo fala em dons, em I Cor 12.9, ele afirma o seguinte: “e a outro, pelo mesmo Espírito, a fé; e a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar”. Observe que ao falar em curas, Paulo diz dons de curar. Isso nos enseja que são necessários dons para que exista a cura das enfermidades. Tais dons certamente vêm do Senhor e de suas promessas.
Um modo pelo qual se manifesta um dos dons de curar é a imposição de mãos. Jesus afirmou que se orássemos pelos enfermos, impondo-lhes as mãos, eles seriam curados. Isso mostra que os dons de curar são as manifestações do Espírito Santo quando alguém usando a autoridade de Jesus ministra curas aos enfermos.
Nas próximas mensagens, falarei sobre o tema das enfermidades no Antigo Testamento, no Novo Testamento, bem como sobre a arma do crente para receber a cura física. Deus te abençoe tremendamente, em nome do Senhor Jesus!

Aureo R Vieira da Silva

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