Falar em enfermidades nos dias
atuais é difícil, pois é um assunto polêmico. Essa polêmica decorre da prática
de nossas reuniões, cultos, trabalhos, enfim, atividades da igreja, onde se vê
que as pessoas, principalmente as cristãs, normalmente, não recebem a cura de
suas enfermidades. No entanto, nada das coisas que nos cercam ou mesmo as
circunstâncias podem determinar ou alterar a verdade de Deus. Qual é a verdade
de Deus a respeito desse assunto? Sabe-se que a Sua Palavra é a plenitude da
Verdade e que Ela foi firmada eternamente nos céus (Sl 119:89) e, se Ela foi
firmada eternamente nos céus, é válida para os dias atuais na sua totalidade.
Graças a Deus que Sua Palavra é Viva em nossos dias!
O grande problema que surge é que
nós, homens e mulheres de Deus, muitas vezes, mudamos a Palavra de Deus, por
meio do nosso comportamento paradoxal em relação ao que está escrito. O que se
pretende com esses estudos é mostrar ao povo de Deus que Ele já resolveu o
problema da enfermidade, dando-nos a cura física e emocional em qualquer
instante de nossa vida, através do sacrifício de Nosso Senhor Jesus Cristo. A
mensagem que escrevo a vocês é resultante das muitas experiências de cura que
temos vivido em nosso ministério evangelístico e pastoral, seja na área da cura
divina, seja na libertação de obras malignas. Mas isso não quer dizer que Deus
vai curar a todos, pois a regra é exatamente como para a salvação. A Bíblia nos
ensina que nem todos serão salvos. Claro, a salvação é para quem crê. Do mesmo
modo, a cura física é para os que creem.
É comum vermos orações não
respondidas quando se trata de pessoa enferma. As pessoas recebem orações, mas
não recebem a cura. Quando se tem alguém enfermo, pede-se a todos para orarem,
pede-se que se inclua o nome do enfermo nas orações das igrejas e, em muitos
casos, a pessoa para quem se ora acaba morrendo daquela doença e as pessoas
apenas dizem que era o melhor para ela ou era a vontade de Deus que
ela morresse. Então, muitos pastores, obreiros, diáconos e líderes em
geral, que ministram essas orações não respondidas, criam certas doutrinas para
servirem de pretexto ao fato da pessoa em questão não ter sido curada.
Vamos dar um exemplo. Suponha-se
que eu ore por quinze pessoas enfermas e só duas recebam a cura (isso é muito
comum em nossas igrejas). Dificilmente eu vá aceitar que há algo errado comigo
ou com a pessoa que recebeu a oração e não foi curada. Não estou me referindo aqui
a pecado, mas sim a completa falta de confiança na Palavra e na oração
realizada. Acontece que a Bíblia diz que poríamos as mãos sobre os
enfermos e os curaríamos (Mc 16.18). Aliás, foi o próprio Senhor Jesus quem
disse isso. No livro de Tiago, capítulo 5.15, está escrito que a oração da
fé salvará o doente e o Senhor o levantará e nós nem atentamos que nossa
prática desmente essa verdade.
Em função disso, ou seja, de
diversas promessas que não vemos se cumprir, ao vermos nossas orações tão
impotentes, criamos doutrinas, ensinos e outras formas de desculpas, com a
finalidade de justificarmos outros casos de orações não respondidas.
Que tristeza! Deveríamos ter uma
reação de total inconformismo diante desse quadro triste em que muitas orações
para enfermos ficam sem resposta. Se nossa atitude for de inconformação, Deus
nos levará, por meio de um entendimento claro de sua Palavra, a uma vida de
total prática de Suas Verdades.
Um objetivo, ao menos, que traço
aqui é levá-lo a uma situação de reação aos pretextos que criamos para
justificar tanta doença em nosso meio. Você não pode aceitar a enfermidade
quando entender a Verdade de Deus a respeito dela. Ressalto, mais uma vez, que
a atitude não aceitar não significa necessariamente que jamais teremos alguma
doença.
Exemplos para esses pretextos que
criamos temos muitos. Frases que, quase diariamente, ouvimos e refutamos na
Palavra, tais como: “ah, irmã, isso é uma tribulação para Deus provar a irmã!”;
“ah, irmão, essa doença é a cruz que o irmão tem que carregar”; “será que você
não está em pecado?”; “é porque nem todos recebem!”; “o importante não é a cura
física, mas a cura da alma!”; “é a vontade de Deus!, fazer o quê?”. Na
realidade, isso mostra a falta de conhecimento da Palavra de Deus quanto a esse
assunto e revela que muitos cristãos não meditam na Verdade de Deus. Não podemos
mais justificar a falta da manifestação da graça de Deus. É hora de
despertarmos e agirmos como agiram os irmãos da igreja primitiva e em outros
casos de avivamento na história da igreja.
Atualmente, as pessoas
cristãs, de um modo geral, atribuem a alguma pessoa que ora com enfermos que
essa pessoa tem dom de cura. Na realidade, não existe este dom. Quando Paulo
fala em dons, em I Cor 12.9, ele afirma o seguinte: “e a outro, pelo mesmo
Espírito, a fé; e a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar”. Observe
que ao falar em curas, Paulo diz dons de curar. Isso nos enseja que são
necessários dons para que exista a cura das enfermidades. Tais dons
certamente vêm do Senhor e de suas promessas.
Um modo pelo qual se
manifesta um dos dons de curar é a imposição de mãos. Jesus afirmou que se
orássemos pelos enfermos, impondo-lhes as mãos, eles seriam curados. Isso
mostra que os dons de curar são as manifestações do Espírito Santo quando
alguém usando a autoridade de Jesus ministra curas aos enfermos.
Nas próximas mensagens,
falarei sobre o tema das enfermidades no Antigo Testamento, no Novo Testamento,
bem como sobre a arma do crente para receber a cura física. Deus te abençoe
tremendamente, em nome do Senhor Jesus!
Aureo R Vieira da Silva
Esta
mensagem pode ser usada, impressa, republicada, mas qualquer que seja o uso
deve-se citar a fonte.
Se quiser receber nossas pregações diretamente em seu
e-mail, siga-nos por e-mail e todas as vezes que uma nova mensagem for postada
ela irá automaticamente para sua caixa postal.
Nenhum comentário:
Postar um comentário