segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Enfermidade 3 - A enfermidade no Novo Testamento - descobrindo a verdadeira origem das enfermidades



Quem é, então, o autor da enfermidade? Qual a origem de tanta enfermidade assolando o ser humano, inclusive muitos filhos de Deus?
Como já vimos, é necessário que conheçamos a origem das moléstias e nada melhor que aprendermos com o Senhor Jesus Cristo, o Verdadeiro Mestre!
Vamos fazer uma análise do ministério de Jesus Cristo. Você sabe o porquê da manifestação do Deus Filho em forma humana? Talvez você responda que foi salvar, mas com certeza essa resposta não agradará a pessoa que está sofrendo, já à beira da morte. Talvez você mesmo deveria perguntar a si: o que significa salvar? Você sabe? Segundo alguns estudiosos do NT, salvação tem um amplo significado, podendo ser traduzida por reintegrar a vida, a segurança, a prosperidade, a cura, a libertação e a paz. Mas, sem recorrermos ao original grego, será que podemos compreender o que foi o ministério do Senhor Jesus?
Observe I Jo 3.8b “para isso o Filho de Deus se manifestou: para desfazer as obras do diabo.” Então, houve uma finalidade na manifestação do Senhor Jesus em carne!
PARA ISSO. Isso o quê? DESFAZER AS OBRAS DO DIABO! Ah, parece que começou a ficar mais claro. Compare essa passagem com Lc 4.18, onde o próprio Jesus deixa claro o motivo de sua Unção. Para melhor compreendermos o que sejam as obras do diabo, basta observarmos o que Jesus fazia, com o que Ele gastava seu tempo. De antemão, podemos afirmar que a maior preocupação de Jesus era com dois tipos de pessoas: as enfermas e as endemoniadas (atormentadas). Você não encontra alguém atrás de Jesus pedindo emprego, com problemas no casamento, com problemas interiores emocionais, enfim, você vê, basicamente, pessoas doentes ou atormentadas. Na realidade, todos os grandes problemas do ser humano têm sua origem numa doença ou num demônio.
Observe a seguinte passagem bíblica: “Senhor, o meu filho jaz em casa paralítico e atormentado, e violentamente atormentado.” (Mat 8.6). Atente para o fato que o homem, além de estar paralítico, estava violentamente atormentado. Quem o estaria atormentando? Claro que era um demônio. Ao mesmo tempo em que possuía aquele jovem, colocava-lhe a doença.
 Note esta outra passagem, escrita em Lc 13.11: “eis ali uma mulher, que tinha um ESPÍRITO DE ENFERMIDADE havia já dezoito anos e andava curvada e não podia, de modo algum, endireitar-se.” Veja que a passagem mostra um fato de doença (a mulher era curvada) e revela a causa daquela doença (um espírito de enfermidade). Jesus curou a mulher e, neste caso, ela não estava possessa, mas, mesmo assim, o demônio saiu, pois ela endireitou-se. Veja: Ele (Jesus) destruiu uma obra do diabo (uma mulher enferma foi curada).
Neste texto, é Interessante observar que Jesus se dirigiu à mulher, o que revela que ela estava consciente. Se ela estava consciente, não era alguém com possessão demoníaca, quando se perde a consciência.  Está claro aqui que a mulher encurvada tinha um espírito de enfermidade, mas não era endemoniada.
Em contrapartida, nessa outra passagem bíblica diz: “e, havendo-se eles retirado, trouxeram-lhe um homem mudo endemoniado e, expulso o demônio, falou o homem.” (Mt 9.32 e 33). Aqui, também está evidente o desejo de Jesus em libertar aquele homem do mal. Quem alimentava aquela mudez era um demônio, pois, ao ser expulso, o homem falou.  O texto diz abertamente que ele era endemoniado, ou seja, Jesus tinha que expulsar o demônio. Ordenou ao demônio, e o demônio saiu. Mas como esse espírito também causava a mudez, ao sair daquele jovem, ele voltou a falar. Havia um espírito de enfermidade escondido na enfermidade. Lógico que, como já comentado, aqui havia possessão maligna (endemoniado), cujo demônio colocava a mudez, porém o caso da mulher curvada não revela que ela fosse possessa, mas que havia somente uma presença maligna em seu corpo, causando-lhe àquele mal.
Ressalta-se, então, com base nesses textos, que uma pessoa pode esconder em seu corpo um demônio sem estar endemoniada. O espírito maligno não tem acesso à alma e nem ao espírito da pessoa, mas acaba tendo ao corpo, onde fica alojado dando vida a uma doença.
Sei que essa parte do meu ensino pode chocar alguns, mas é assim que eu creio e isso com base na própria Bíblia.
Uma pessoa possessa tem seus sentidos tomados pelo espírito maligno. Ela não possui autocontrole. Uma pessoa perturbada ou oprimida, ao contrário, ainda consegue exercer sua própria consciência, embora debilitada. Assim, tem-se que distinguir bem o que é estar endemoniado e o que é estar com uma doença causada por um demônio. Ele entrou no corpo por algum motivo. Seja desconhecimento da Palavra de Deus sobre o assunto e a pessoa foi aceitando o mal em sua vida, seja pela propensão genética a desenvolver aquele mal, enfim, algum motivo levou o espírito da enfermidade entrar, mas ele não domina a pessoa. A pessoa tem autoridade dada por Deus, mas se não a exercer contra aquele espírito de enfermidade, ele vai ficando.
Quando se consegue, por meios físicos, como remédios, tratamentos e cirurgias, retirar o tumor, ou a bactéria, enfim, o agente da doença, aquele espírito tem que sair do corpo, pois ele apenas entrou para dar vida à doença. Foi o que ocorreu com a mulher que vivia curvada. Diz o texto, no capítulo 12 de Lucas,  da seguinte maneira:
11  E eis que estava ali uma mulher que tinha um espírito de enfermidade, havia já dezoito anos; e andava curvada, e não podia de modo algum endireitar-se.

12  E, vendo-a Jesus, chamou-a a si, e disse-lhe: Mulher, estás livre da tua enfermidade.

13  E pôs as mãos sobre ela, e logo se endireitou, e glorificava a Deus.
 O texto não diz que Jesus expulsou o demônio, mas que ele apenas a curou ordenando que fosse livre daquele mal. Além disso, ao ser curada, ela endireitou-se, deduzindo-se que o espírito que lhe causava a doença saiu de seu corpo.
Em relação à possibilidade de um espírito maligno esconder-se na enfermidade de alguém, ainda cabem algumas considerações. É necessário  que se reflita sobre alguns casos bíblicos.
Veremos 3 (três) exemplos bíblicos para abordarmos a questão se o diabo pode ou não tocar no corpo de um servo de Deus.
O CASO DE JÓ
Capítulo 2 do livro de Jó
1  E, VINDO outro dia, em que os filhos de Deus vieram apresentar-se perante o SENHOR, veio também Satanás entre eles, apresentar-se perante o SENHOR.

2  Então o SENHOR disse a Satanás: Donde vens? E respondeu Satanás ao SENHOR, e disse: De rodear a terra, e passear por ela.

3  E disse o SENHOR a Satanás: Observaste o meu servo Jó? Porque ninguém há na terra semelhante a ele, homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desvia do mal, e que ainda retém a sua sinceridade, havendo-me tu incitado contra ele, para o consumir sem causa.

4  Então Satanás respondeu ao SENHOR, e disse: Pele por pele, e tudo quanto o homem tem dará pela sua vida.

5  Porém estende a tua mão, e toca-lhe nos ossos, e na carne, e verás se não blasfema contra ti na tua face!

6  E disse o SENHOR a Satanás: Eis que ele está na tua mão; porém guarda a sua vida.

7  Então saiu Satanás da presença do SENHOR, e feriu a Jó de úlceras malignas, desde a planta do pé até ao alto da cabeça.
 É uma palavra dura essa, mas a Bíblia diz que Deus chamava a Jó de servo. Ora, se ele era servo, como pode o diabo tocar em sua carne?
No verso 6, o próprio Deus diz que Jó estava nas mãos do diabo e , no verso 7, está claro que Satanás lançou uma terrível enfermidade em Jó. Muitos querem citar o exemplo de Jó para justificarem suas doenças e males, mas esquecem que Jó foi entregue pelo próprio Deus nas mãos do diabo. Essa parte da história de Jó, ou seja, que o diabo lhe tocou, as pessoas não gostam de se lembrar, quando usam o exemplo de Jó para justificarem suas doenças. Apesar disso, o que se pretende aqui é mostrar que o diabo tocou no servo de Deus. Houve, nesse episódio, a abertura de um precedente.
 O CASO DE PAULO
Capítulo 12 do II livro aos Coríntios
7  E, para que não me exaltasse pela excelência das revelações, foi-me dado um espinho na carne, a saber, um mensageiro de Satanás para me esbofetear, a fim de não me exaltar.

8  Acerca do qual três vezes orei ao Senhor para que se desviasse de mim.

9  E disse-me: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo.
 Paulo afirma que era esbofeteado por um mensageiro de Satanás. Ora, o que é um mensageiro de Satanás se não um demônio? Além disso, por mais que os mais estudiosos queiram justificar esse fato, ele é muito simples. Paulo tinha alguma fraqueza que era estimulada pela presença de um espírito maligno. A Bíblia não é clara em relação a qual fraqueza, se doença ou outra coisa qualquer, mas afirma que isso incomodava Paulo e esse, por sua vez, dessa fraqueza tornava-se forte.
Então, o diabo tocava na carne de Paulo. Isso não quer dizer que Paulo foi um endemoniado, não, de forma alguma. Apenas nos mostra que o inimigo pode ficar escondido em um corpo doente.
Em Provérbios 25.28, diz que uma pessoa sem domínio próprio é como uma cidade sem muros. Antigamente, os muros eram a proteção contra ataques de nações inimigas a qualquer cidade. Algumas, inclusive, eram verdadeiras fortalezas. Uma pessoa sem domínio próprio, sem auto-controle é como uma cidade desguarnecida. Além disso, a Bíblia afirma que o nosso adversário anda em derredor, buscando quem ele possa tragar. Isso caracteriza duas coisas: primeiro, se ele pode tragar, ou seja, se existe essa possibilidade, dentro de um raciocínio dialético, é porque ele não pode tragar. Qual seria a diferença entre um cristão que pode ser tragado pelo diabo e um que não pode ser tragado? Várias coisas caracterizam essas brechas, mas as principais são iniqüidades e falta de conhecimento da palavra de Deus. Podemos encontrar essas duas situações em Isaías 59. 1 e 2 e em Oséias 4.6.
A segunda coisa a ser depreendida do texto de I Pe 5.8 é que o diabo fica rodeando e tentando tragar. Se existe a possibilidade bíblica de ele tragar, é porque ele toca ou de algum modo ataca a pessoa.
Isso mostra claramente que o diabo, desde que encontradas as possibilidades, pode esconder-se em um cristão e um modo bem prático, pois muitos não acham que possa ser possível, é esconder-se em doenças.
 O CASO DE I CORÍNTIOS 5
  Capítulo 5 do I livro aos Coríntios
1  GERALMENTE se ouve que há entre vós fornicação, e fornicação tal, que nem ainda entre os gentios se nomeia, como é haver quem abuse da mulher de seu pai.

2  Estais ensoberbecidos, e nem ao menos vos entristecestes por não ter sido dentre vós tirado quem cometeu tal ação.

3  Eu, na verdade, ainda que ausente no corpo, mas presente no espírito, já determinei, como se estivesse presente, que o que tal ato praticou,

4  Em nome de nosso SENHOR Jesus Cristo, juntos vós e o meu espírito, pelo poder de nosso Senhor Jesus Cristo,

5  Seja entregue a Satanás para destruição da carne, para que o espírito seja salvo no dia do SENHOR Jesus.
 É outro ponto triste, mas que a Bíblia o aborda com relativa tranqüilidade. Basta ler para ver que havia um caso de incesto na igreja de Corinto. Paulo tratou esse caso, entregando o fornicário a Satanás, para destruição de sua carne, de modo que seu espírito fosse salvo no dia do Senhor Jesus. Ora, se o irmão foi entregue a Satanás, é porque, legalmente, existe condições do diabo tocar na carne de um filho de Deus. Não estou nem entrando no mérito de pré-condições, quais sejam, se o cristão encontra-se desviado, mas apenas mostrando que nossos exemplos não se referem a ímpios, mas a cristãos.
Um outro ponto que torna uma pessoa vulnerável também é a passividade em relação à Palavra de Deus. As pessoas erram em não conhecer nem as Escrituras e nem o poder de Deus (Mat 22.29).
Quando alguém desconhece sobre algum direito na lei civil ou penal de nosso país, normalmente, ela não briga por seus direitos. Assim é no mundo espiritual. É imperioso que cada crente conheça a fundo a Palavra da Verdade, de Deus, não o estudo da Teologia Sistemática ou outras disciplinas teológicas, mas a palavra que Deus revela ao espírito do crente e que gera vida em seu interior. As promessas, os direitos, os deveres como cristão, isso tudo poucos estão ligados e buscando diariamente. Por isso, Jesus mesmo disse que erramos não conhecendo as Escrituras e nem o poder de Deus. As escrituras nos falam da verdade e da vida eterna e o poder transforma essas verdades em realidade para nós.
Deixando esses exemplos um pouco e retomando o assunto do ministério de Jesus, verifica-se que Jesus sempre se preocupava com pessoas enfermas e perturbadas. Em Mt 10.8, o Senhor Jesus está comissionando seus discípulos, dando-lhes a missão de levar o Evangelho e veja o que Ele diz: “Curai os ENFERMOS, limpai os LEPROSOS, ressuscitai os MORTOS e expulsai os DEMÔNIOS; de graça recebestes, de graça dai.” Ora, será que você pode dizer que o ministério de Jesus era diferente disso? Será que Ele tinha outras preocupações? Está claro que não! Jesus veio dar VIDA ABUNDANTE! (Jo 10.10).
O ministério do Senhor Jesus foi caracterizado por CURAR ENFERMOS e EXPULSAR DEMÔNIOS. Nós ficamos, por várias vezes, presos a ensinos, teorias, dogmas e vários tipos de legalismos, que impedimos a ação do Espírito Santo. O texto neo-testamentário mostra que a real prática do Evangelho é curar enfermos e expulsar demônios. Expulsar um demônio, muitas vezes, não é expulsá-lo de uma pessoa. Às vezes a pessoa nem está possessa, mas se expulsa o demônio da gastrite ou da sinusite, ou da meningite, enfim, expulsa-se o espírito maligno que dá vida para o mal que afeta a pessoa. Citando uma passagem muito conhecida, temos outras verdades: “Estes sinais seguirão aos que crêrem, em meu nome expulsarão demônios, porão as mãos sobre os enfermos e OS CURARÃO.”, escrita em Mc l6.17 e 18, também é possível levantar algumas idéias pertinentes. É interessante notar que o Senhor Jesus diz que nós iríamos curar, pois o texto é claro: porão as mãos sobre os enfermos e OS curarão. Este pronome OS refere-se a quem está orando. Que coisa fantástica! Obviamente que o poder da cura é do Espírito Santo, mas quem a realiza somos nós. Não estou inventando isso. Está escrito! Além disso, ao mencionar essa atividade no elenco de outras ligadas à pregação do evangelho, Jesus está afirmando que orar com enfermos deve ser uma prática inserida no evangelismo, na pregação das boas novas. Isso até tem um sentido amplo do que vem  a ser boas novas. Ora se estou anunciando a vida abundante e a salvação por meio de Cristo, curando alguém de seu mal, estou levando as verdadeiras boas novas do Evangelho.
Uma outra passagem a ser analisada está em Lucas. Vejamos: “E curai os enfermos que nela houver (cidade) e dizei-lhes que é chegado o reino dos céus até eles.” (Lc 10.9).  Jesus estava na situação do comissionamento dos discípulos e ele determinou que eles curassem os enfermos das cidades, onde iriam pregar o arrependimento. Só que Jesus manda, primeiro, curar os enfermos que nela houver (ora, então, são todos) e depois anunciar a mensagem do arrependimento. Isso, aparentemente, nos choca, mas é o que está escrito. Temos que aceitar a Palavra como ela é e o que ela ensina e não devemos cair na tentação de adaptá-la aos nossos conceitos.
Muitas pessoas pregam contra a cura divina e alegam que o importante é a salvação das almas. Na realidade, se elas pudessem crer para a cura, elas orariam com os enfermos também. Acontece que essas pessoas não têm uma fé suficiente, são religiosas. Com essa atitude, então, elas incorrem num comportamento denominado, pela Psicologia, de racionalização.
No caso de Lucas 10.9, Jesus mandou curar primeiro e mandou que fossem todos, pois usou o pronome determinado o, que designa aquele determinado conjunto. Pense comigo: se um diretor escolar chega na sala de aula e diz ao professor: ”conte os alunos dessa sala” , o professor não pode responder só os homens ou só as mulheres. Deve contar todos. Se o diretor usasse o pronome uns ou alguns, então o professor poderia não contar toda a sala. Assim foi na ordem de Jesus. Curai os enfermos que nela houver! Eram todos !
Vamos atentar para outra passagem contida no Evangelho de João, no capítulo 14 verso 12 : “Na verdade, na verdade vos digo que aquele que CRÊ  em Mim também fará as obras que eu faço e as fará maiores que essa, porque Eu vou para meu Pai.” Nesta passagem, podemos já entender qual é a condição estabelecida por Deus, na visão neo-testamentária, para o ser humano receber os milagres da cura divina. No AT, essa condição era a obediência irrestrita aos mandamentos da Lei, àquilo que Deus ordenava, mas ao passarmos, palmo a palmo, pelo ministério de Jesus, começamos a entender qual é a condição que Deus estabelece, hoje, para se ter saúde.
Veja: Jesus disse que “aquele que CRÊ” é quem faria  as obras que Ele fazia e as faria ainda maiores. Note como a FÉ  começa a ter valor diante de Deus. Veja como a FÉ começa a entrar em ação, a fim de se receber os milagres que tanto necessitamos. Mas veremos esse ponto no próximo capítulo.            
Observe, agora, no livro de Isaías, no capítulo 53, verso 4 e 5 : “Verdadeiramente, Ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si, e nós o reputamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas Ele foi ferido pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele e por suas pisaduras fomos SARADOS”.
Então a Bíblia é clara com relação à obra que Jesus realizou na cruz do Calvário. Por suas pisaduras, eu fui sarado, você foi sarado, nós fomos sarados, a igreja foi sarada e o mundo foi sarado!
Ainda, para se entender melhor o que são as doenças e sobre a cura desses males tão antigos, além do ministério de Jesus, podemos nos espelhar nas obras da igreja primitiva, narradas no livro de Atos. Nesse livro, tem-se uma narrativa maior da prática do cristianismo e da Palavra de Deus. É onde está o exemplo de vida de igreja a ser seguido. O que foi a igreja de Atos é o que devemos, em tese, ser. 
Assim, cremos que, com toda essa análise, vai ficando, cada vez mais claro, a ação maligna nas pessoas enfermas, ou, pelo menos, na origem das enfermidades sofridas por elas.
No livro de Atos 5.16, está escrito: “e até das cidades circunvizinhas concorria muita gente a Jerusalém, conduzindo enfermos e atormentados de espíritos imundos, os quais TODOS eram curados.” Veja que a Palavra trata em um mesmo nível essas classes de pessoas: os enfermos e atormentados. Deve-se frisar bem que o texto é claro, TODOS eram CURADOS!
Quando, então, nos referimos à cura, referimo-nos a pessoas que estão com moléstias ou que estão atormentadas por espíritos malignos. Outra passagem diz: “Como Deus ungiu a Jesus de Nazaré, o qual andou fazendo o bem e CURANDO A TODOS OS OPRIMIDOS DO DIABO, porque Deus era com ele.” (At 10.38). Note que está sendo caracterizado que as pessoas que estavam recebendo a cura eram oprimidas do diabo. Cada vez que a Palavra de Deus fala em enfermidades, principalmente no Novo Testamento, ela relaciona um demônio, um espírito maligno, um espírito de enfermidades ou o próprio Satanás.
Uma verdade intrigante é que as enfermidades possuem vida. Note  o texto de Atos 19.
                 11  E Deus pelas mãos de Paulo fazia maravilhas extraordinárias.

                 12  De sorte que até os lenços e aventais se levavam do seu corpo aos 
                    enfermos, e as enfermidades fugiam deles, e os espíritos malignos saíam.
 A palavra fugir é empregada para o sujeito enfermidades. Importante ressaltar que fugir é verbo ativo, ou seja, só foge quem se movimenta. Movimenta-se, por si, só, ou seja, empreendendo-se uma fuga, um ser que seja vivo. Uma pedra não pode fugir. Pode ser lançada. Uma árvore não pode fugir, mas por incrível que pareça uma enfermidade pode.
O texto do grego para essa passagem diz que as enfermidades se afastavam. Afastar-se, também, é apanágio de quem vive. Um ser inanimado não pode afastar-se. Disso, infere-se que há vida nas doenças. Claro. Uma doença dificilmente regride naturalmente. Ela sempre progride. No caso de um enfermo, há um agente físico (um vírus, uma bactéria) dando vida à doença e há, por trás desse agente, um espírito de enfermidade dando vida a esse agente.
Na figura a seguir, pode-se observar graficamente como isso funciona. É importante ressaltar que essa figura é uma imagem particular do autor. Não se trata de uma doutrina e nem de um ensino fechado em si. É um modo de esquematizar como é a ação dos demônios nas doenças.


Pela figura, conseguimos entender melhor. Há uma doença. Há um agente causador dessa doença (círculo amarelo). Esse agente tem um espírito de enfermidade que lhe dá vida (círculo vermelho). Claro que alguns agentes morrem com a ação dos remédios. Quando isso ocorre, como já visto anteriormente, o espírito de enfermidade vai embora. A função dele não é com a pessoa, mas sim dar vida ao vírus ou bactéria. Quando um remédio não consegue ter efeito, a ação espiritual deve ser contra o espírito da doença, porque ele saindo daquela pessoa, o agente morre e a doença desaparece.
Nós podemos afirmar que a Bíblia nos induz a concluir que o diabo é o autor das enfermidades, pois ela, não dizendo isso ao pé da letra, traz algumas referências e situações que levam a essa verdade. Mas, desse mesmo modo, a Bíblia não diz claramente sobre outros assuntos. Por isso que Jesus orientou sobre examinar as escrituras, que significa investigar, meditar, buscar, pois, assim fazendo, a luz entra em nossa mente e somos iluminados pelas verdades espirituais.
Refletindo em outra passagem importante, depreendem-se algumas idéias relevantes para se abordar e trazer ao ensino das doenças.
O Senhor Jesus, em Jo 8.44, nos dá três características principais de Satanás:
1ª - Ele é homicida;
2ª - Ele não se firma na Verdade, pois não há Verdade nele; e
3ª - É o pai da mentira, que lhe é própria.
Já em Jo 14.6, diz que Jesus é a Verdade e, em Jr 10.10, está claro que a verdade é o próprio Deus. Muito bem, em I Jo 2.21 diz que “e porque nenhuma mentira vem da verdade.” Logo, se eu minto, este fato não vem de Deus (a mentira não vem da verdade) e é provável que se originou no diabo (lembra-se do espírito da mentira já explicado?).
A partir desse princípio, começamos a entender a verdade sobre as doenças.
Ora, se a cura é uma verdade de Deus, prometida em Sua Palavra para nossos dias (vide Is 53.4; Mt 8.16 e 17; e Mc 16.18), mesmo que seja apenas no plano espiritual, a negação da cura, ou seja, negar a saúde é, por conseguinte, uma mentira.
A Bíblia diz que A CURA É UMA VERDADE. A Bíblia nos mostra então que viver um quadro de doença é estar vivendo uma situação de mentira do ponto de vista espiritual. Não se pretende discutir motivos pelos quais as pessoas não recebem a cura, não é esse o foco aqui. Assim, você pode entender isso melhor e reagir menos. Uma promessa sobre saúde foi feita. Logo, essa é uma verdade eterna (Sl 119.89). Viver um quadro de doenças, mesmo que sob algum aspecto seja justificável, é estar vivendo em uma mentira Bíblica. A Palavra de Deus nos mostra, também, que o PAI DA MENTIRA é o diabo. Mostra que nenhuma mentira vem da verdade. Assim, conclui-se que uma doença está, automaticamente, relacionada com a mentira, que por sua vez, não vem de Deus (a verdade) e tem seu pai o Diabo (pai da mentira). Por fim, verifica-se que viver uma doença é viver um quadro em que o diabo está por trás da cena, não necessariamente tendo que a pessoa viver possessa. Isso também já foi mostrado.
Entenda, por favor, que, se alguém de sua família, ou algum parente, está enfermo, essa enfermidade não tem nada a ver com Deus, nada a ver com o Senhor Jesus, mas tem a ver com o diabo, porque ela é uma mentira e está confrontando a Palavra de Deus e, se é uma mentira, é de quem lhe é próprio, o diabo. Concluindo essas idéias, pode-se deixar mais um pouco claro que o diabo é quem está por trás das enfermidades e, onde houver um sinal maléfico de moléstia, haverá um espírito de enfermidade dando vida a essa doença. Faça uma prova. Repreenda o espírito de enfermidade, quando orares com pessoa enferma e verás um sinal do poder de Deus, levando saúde para a pessoa sobre a qual impuseste suas mãos.   
O diabo está sempre por trás das doenças, dos sofrimentos, enfim, de tudo que destrói, pois essa é sua função. Leia em Jo 10.10 e veja o que o próprio Senhor Jesus afirmou: “ladrão veio para matar, roubar e destruir.” Quem é o ladrão destruidor? O que uma doença representa para sua saúde? Representa edificação (melhora) ou destruição do corpo? Logicamente que uma doença representa a destruição do corpo!
Então, imaginemos que você tenha uma enfermidade no estômago e ela esteja destruindo seu estômago. Quem é que está escondido nessa enfermidade se ela está destruindo?
Será que é nosso Deus? Você acha que é o teu Pai Celeste que te ama com amor eterno? Logicamente que não, pois, se fosse, a Bíblia estaria negando a si própria, porque a função de destruir é do diabo. Esse é o ministério, se assim podemos dizer, do diabo: destruir.
Outra passagem importante está em I Pe 2.24, que diz: “levando ele mesmo em seu corpo os nossos pecados no madeiro, para que mortos para o pecado pudéssemos viver para a justiça e pelas suas pisaduras fostes sarados.”
É interessante que eu e você fomos sarados justamente na morte do Senhor Jesus Cristo.  A decisão de CRÊR é sua. A obra já foi realizada. Tudo se cumpriu em Jesus. A nossa tendência é sempre arrumar desculpas para as desilusões ou para as frustrações que surgem em nossos corações diante de um quadro de oração não respondida ou diante de uma situação em que alguém não é curado e vem a morrer. Esquecemos que existe uma regra (a cura pela fé) e aceitamos passivamente a exceção à regra (algum caso em que a pessoa morre enferma).
Muitos de nós precisamos ser clareados pela luz da Palavra, quanto aos dogmas que aprendemos desde os tempos de conversão. Jesus era claro e direto em suas palavras e nunca deixou de atender aos anseios e pedidos daqueles que chegaram até ele.
Hoje, nossa tendência é atribuir coisas à Bíblia Sagrada que, de fato, ela não contém. Muitos tentam achar diversas justificativas para as mais variadas enfermidades que o povo de Deus sofre, alegando coisas que nada tem a ver, propriamente, com o assunto. Tais desculpas são bem notórias, como “Deus é soberano”, “Timóteo tinha um problema no estômago”, “Deus tem seus propósitos”, Essas desculpas são fatalistas, quase incorrendo na doutrina espírita, pois, se tudo tiver uma razão na soberania de Deus, nossas atitudes como cristãos tornam-se inócuas.
   
Pr Aureo R Vieira da Silva
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