segunda-feira, 21 de abril de 2014

A NOVA IDOLATRIA DOS EVANGÉLICOS



Se algum irmão chega até mim e diz: “ok, pastor Aureo, cansei da Bíblia. Se algum líder, apóstolo, bispo, bispa, cantor, ou qualquer que seja o título, chegar em mim e dizer: “ok, agora tenho a revelação mais recente, mas não é só que está na Bíblia que vale”, eu até acharia corajoso. O que me irrita é ver tanta asneira, mas tanta asneira, e ainda os líderes pensarem que o que estão vivendo é uma restauração ou uma visão que o próprio Deus lhes deu. Mentira! Mentira e mentira! Tudo que vem, que se localiza em um eixo extra Bíblia, precisa ser recusado na hora.
Quem não recusa consente. Exemplos para isso eu tenho muitos: G12, maldições hereditárias, regressões, manto apostólico, reino agora, os novos motivadores, etc etc. Mas o que vou enfatizar aqui é sobre os cegos “glamourosos”. Aqueles que desejam misturar fé viva em um Deus vivo com judaísmo. Nem os judeus ortodoxos gostam disso. Conheço e tenho amigos judeus. São excepcionais pessoas, com as quais aprendo muito. Eles mesmo não aceitam esse número cada vez maior de evangélicos querendo ser judeu.
As práticas judaicas, para quem não é judeu, parecem “chiques”, modernas, mais espirituais, mas o problema é que é um desvio da fé cristã. Um pastor usando quipá dá até uma impressão de alguém espiritual, maduro, cheio de santidade, mas o problema é que um simples objeto, que tenha um significado, é uma prática tanto herética quanto se ajoelhar diante de uma imagem.
Ou você assume que você quer coisas extra bíblicas, e aí tem meu aval e meu cumprimento, ou você aceita que você está fora do caminho  e do propósito divino.
Vou dar alguns exemplos práticos da nova idolatria. Olhem o que Paulo escreveu aos Gálatas:
 “Eis que eu, Paulo, vos digo que, se vos deixardes circuncidar, Cristo de nada vos aproveitará” Gálatas 5.2
Ora, é preciso maiores explicações para esse texto? Acho que não. O texto é bem simples e direto. Quem se deixa levar pelas práticas do judaísmo, ou por elas sente atraído, Cristo não vale nada para essa pessoa.
Olhe pra o texto meu irmão, você que tem essa tendência de se judaizar, preste bem atenção e seja sincero para você mesmo e para sua salvação. O que Paulo está querendo dizer com se vos deixardes circuncidar?
Simplesmente que, se aceitarmos tranquilamente qualquer prática da circuncisão (da Lei), atos ou eventos ou rituais que eram da Lei Mosaica, de nada se aproveita nossa fé em Jesus Cristo. A palavra circuncisão, no NT, tem a conotação de Lei Mosaica.
Ora, uma das coisas mais comuns hoje, na igreja cristã, é a aplicação de atos da Lei como se a igreja fosse judaica. Há uma beleza paralisante nesses rituais, que milhares de líderes e cristãos estão aplicando e, ainda,  tentando espiritualizar essas práticas.
O fato é que o simples acredita em TUDO, mas o prudente atenta para seus passos (Prov 14.15). Além disso, é duro ter que dizer e pregar esta palavra, embora eu a considere profética. Preste atenção nisso: muitas pessoas que hoje estão na igreja terão suas vidas destruídas por utilizar práticas judaicas, desviando-se da Nova Aliança, na qual não há animais, não há mortes, não há sacrifícios, não há objetos santos, não há festas e outras coisas que haviam no sacerdócio mosaico.
Ao lermos o livro de Hebreus, em uma de suas passagens, seu autor nos ensina o seguinte, no capítulo 12:
E ninguém seja devasso, ou profano, como Esaú, que por uma refeição vendeu o seu direito de primogenitura. Porque bem sabeis que, querendo ele ainda depois herdar a bênção, foi rejeitado, porque não achou lugar de arrependimento, ainda que com lágrimas o buscou. Porque não chegastes ao monte palpável, aceso em fogo, e à escuridão, e às trevas, e à tempestade e ao sonido da trombeta, e à voz das palavras, a qual os que a ouviram pediram que se lhes não falasse mais; porque não podiam suportar o que se lhes mandava: Se até um animal tocar o monte será apedrejado ou passado com um dardo. E tão terrível era a visão, que Moisés disse: Estou todo assombrado, e tremendo. Mas chegastes ao monte Sião, e à cidade do Deus vivo, à Jerusalém celestial, e aos muitos milhares de anjos; à universal assembléia e igreja dos primogênitos, que estão inscritos nos céus, e a Deus, o juiz de todos, e aos espíritos dos justos aperfeiçoados; e a Jesus, o Mediador de uma nova aliança, e ao sangue da aspersão, que fala melhor do que o de Abel. Vede que não rejeiteis ao que fala; porque, se não escaparam aqueles que rejeitaram o que na terra os advertia, muito menos nós, se nos desviarmos daquele que é dos céus. (dos versos 16 ao 25)

Isso é forte demais. Nossa Jerusalém é a de cima, não a da terra. O escritor da carta aos hebreus falava da experiência de Moisés, no monte Sinai e Horebe, onde o fogo desceu. Olha o que ele diz. Não chegamos a esse monte palpável (Êxodo 19, 14 ao 21) ou a essa experiência, mas ao Monte Sião, à cidade do Deus Vivo, à Jerusalém celestial. Que coisa gloriosa. Mas, há um problema grande para essa igreja doente e “almática”: se não vê não tem valor. Se não tocar não vale. Ou seja: a igreja hoje virou idólatra.
Que problema sério: uma igreja tão idólatra quanto a romana.
Vamos para outros textos que detonam essa mentira de usar objetos judaicos nos cultos, de usar estolas, quipás, fazer festas judaicas, subidas ao monte Sinai, etc etc etc...Leia, em amor, alguns versículos mostrando isso.
Atos 10.45
E os fiéis que eram da circuncisão, todos quantos tinham vindo com Pedro, maravilharam-se de que o dom do Espírito Santo se derramasse também sobre os gentios.
Aqui diz dos fiéis que eram da circuncisão, ou seja, os judeus que estavam recebendo o Senhor Jesus como Messias e Salvador de suas vidas.
Romanos 2. 28 e 29
Porque não é judeu o que o é exteriormente, nem é circuncisão a que o é exteriormente na carne. Mas é judeu o que o é no interior, e circuncisão a que é do coração, no espírito, não na letra; cujo louvor não provém dos homens, mas de Deus.
Paulo está dizendo que o “ser judeu”, no sentido de povo de Deus, é no interior, ou seja, os que pertencem à Jerusalém celestial, que inclui os gentios e os judeus que aceitam a Cristo.
I Coríntios 5.8
Por isso façamos a festa, não com o fermento velho, nem com o fermento da maldade e da malícia, mas com os ázimos da sinceridade e da verdade.
Paulo está dizendo, claramente, que não é para fazer festas antigas, do fermento velho (Lei Mosaica), mas a festa dos ázimos da sinceridade e da verdade. Amado, acorda, precisa ser mais preciso que isso? Não, não precisa. Se você quer fazer, porque acha bonito, acha “chique”, então faz, mas não me venha com argumentos bíblicos, porque eles não existem.
   Gálatas 4. 24 e 25
O que se entende por alegoria; porque estas são as duas alianças; uma, do monte Sinai, gerando filhos para a servidão, que é Agar. Ora, esta Agar é Sinai, um monte da Arábia, que corresponde à Jerusalém que agora existe, pois é escrava com seus filhos.
Alguém tem dúvida que Monte Sinai não é local de benção, mesmo que milhares e milhares vão até lá e digam que Deus estava lá? Milhares e milhares vão a Roma e Meca e dizem o mesmo. Mas ainda assim, o Deus verdadeiro não está lá. Do mesmo modo, Sinai é símbolo da Jerusalém terrena e é a escrava com seus filhos, ou seja, Agar e não Sara. Quer discutir com Paulo? Faça isso. Não me xingue, não brigue comigo, não seja cego, defendendo seu líder ou sua igreja. Leia a própria Palavra de Deus e aprenda com o Espírito Santo. O fato é que se você crer assim, a sua vida será amaldiçoada, pois não estará debaixo da aliança em Isaque (o filho da livre). A atitude é sua. Obedeça a Bíblia ou siga a homens. A escolha é sua! Se quiser ficar bravo, fique com Paulo e com o escritor aos Hebreus, não comigo. Eu apenas faço a parte que me cabe, qual seja, alertar o povo de Deus!

  Pr Aureo R V da Silva

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quinta-feira, 10 de abril de 2014

Rompendo com os laços



1  ORA, o SENHOR disse a Abrão: Sai-te da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei. 2  E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei e engrandecerei o teu nome; e tu serás uma bênção. 3  E abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra.
4  Assim partiu Abrão como o SENHOR lhe tinha dito, e foi Ló com ele; e era Abrão da idade de setenta e cinco anos quando saiu de Harã.
Quando Deus chamou Abraão para iniciar uma grande obra pela vida desse homem, tudo que seria visto hoje em dia como grandes obstáculos acontecia naquela momento. Nada foi fácil para Abraão quando foi chamado por Deus.
Observe que Deus tão somente diz a Abraão: “Sai da tua terra (país), da sua parentela (familiares como tios, cunhados, primos, sogros, sogras) e da casa do teu pai (família onde foi criado, pais e irmãos)”. E, no verso 4, na parte final: “e era Abrão da idade de setenta e cinco anos quando saiu de Harã”.
Em primeiro lugar, Abraão teve que romper, teve que se desligar daquilo tudo que para nós, hoje em dia, é colocado nas primeiras prioridades. Sair da terra, deixar seus familiares e sair da casa dos pais. Fora esse rompimento, Abraão não era um jovem e nem de meia idade, já era um senhor de 75 anos. Oh, que coisa! Não há essa questão de limite etário para Deus operar!
O maior milagre que Abraão recebeu foi o filho Isaque. Veja, meu querido, quando ele foi chamado por Deus, ele tinha 75 anos. Isaque só veio quando Abraão tinha 100 anos. Foram 25 anos após o chamado. Quando um crente tenta acelerar o processo de Deus ele perde tudo que Deus tem preparado para ele. Deus nos chama e ele mesmo aperfeiçoa a obra que tem em nossas vidas (Fil 1.6). Ocorre que muitos buscam acelerar aquilo que Deus já prometeu e esquecem que há um momento para Deus executar sua obra em nós. Não é a toa que Abraão é chamado o Pai da Fé. Ele sabia confiar e esperar que o próprio Deus aperfeiçoasse a obra iniciada.
Além da idade, Abraão precisou romper com três tipos de grupos sociais onde estava inserido: seu país, seus parentes e familiares em geral, e sua família pessoal (pai, mãe e irmãos).
Não vejo que necessariamente nós precisemos romper fisicamente com esses grupos no mesmo modo ocorrido com Abraão, embora isso ajude, mas precisamos romper emocionalmente com tais grupos. Nossos laços culturais, sociais, familiares, étnicos e outros precisam ser rompidos emocionalmente para que Deus opere em plenitude em nossas vidas.
Quantos de nós querem um bom casamento, mas continuam dependendo de pais e sogros. Quantos de nós se convertem, mas não se desvinculam de familiares idólatras. Não existe meio termo em nossas conversões ou em nossas buscas pela vitória. É preciso romper laços. Quando você romper laços familiares, culturais, enfim, quando você estiver pronto para ser você, sua família (esposa e filhos), então Deus atuará com mais plenitude em sua vida e realizará ainda aquilo que aperfeiçoará a obra que Ele tem em sua vida.

  Pr Aureo R V da Silva

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